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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

São Silvestre 2010

Acabo de ver a brilhante vitória do tricampeão da São Silvestre, Marílson Gomes dos Santos, que conheci no último Troféu Brasil, em outubro. Cara humilde, gente boa, que fez o brasileiro terminar o ano mais feliz.
Horas antes, eu fiz a São Silvestre...de bicicleta. Moro na Saúde e fui à Paulista por um caminho fácil - a subida da Brigadeiro desde o Ibirapuera. O tempo estava gostoso e senti que a corrida seria rápida como aconteceu. Pude ver as figurinhas folclóricas. Equipe uniformizada de paraibanos. Argentinos com máscaras do Messi. E muitos, mais muitos policiais. Me senti o corredor daquele anúncio de Gatorade, escoltado e com a Paulista só pra mim. Só faltou a velhinha fechando a cara e as janelas.
Vi coisas que a TV não mostra - policiais retirando os moradores que vivem nos baixios do Minhocão e a péssima qualidade do asfalto do percurso, que pôe em risco a saúde dos atletas e é um cartão postal negativo para a prefeitura, que não sabe se preparar para uma corrida realizada há mais de 80 anos. Em 2011, a prova vai terminar no Ibirapuera. Boa chance de arrumar o asfalto da Brigadeiro, que é excelente para mountain bike e rali.

São Silvestre por volta das 14h de 31.12.2010

À espera de 2011

Escrevo aos 19 minutos de 31 de dezembro de 2010. Até há pouco, trabalhava no computador e vou confessar que estava feliz por isso. Há um ano, estava desempregado e deprimido com a situação. Hoje, só posso desejar um 2011 tão bom para todos quanto 2010 foi pra mim, principalmente, o segundo semestre.
31 de dezembro me lembra a Corrida de São Silvestre. Adorava quando era uma prova noturna. Os competidores passavam perto do saudoso Redondo, na frente do Teatro de Arena, e nós, com copos de bebida na mão, é claro, "incentivando" os atletas a pararem de correr e vir beber com a gente. Ríamos muito com a fauna que participava da Corrida. Era uma verdadeira festa popular para a cidade, que a Globo fudeu ao passar para a tarde e virar um programa de TV. Não se trata de saudosismo. É que pude comparar as duas situações. Talvez eu seja o último romântico...
Uma antiga chefe de redação da Record, hoje, fumando e contando fofoca no céu, me ferrou nesta época. Duas vezes. Na primeira, eu, na qualidade de editor de esportes, passei o 31 de dezembro para editar a corrida. Detalhe: as outras emissoras, exceto Globo e Gazeta, tem restrições de uso de imagens da prova propriamente dita. Então, o cinegrafista foi orientado para pegar a largada e a chegada. O resto seria perfumaria para encher a matéria. A fita (na época, era usado este objeto arqueológico) chegou à redação, com uma pecularidade: o Spielberg das imagens "esqueceu" de filmar o vencedor. São estes momentos que me fazem deixar a humildade de lado e ver que tenho alguma competência. Consegui salvar a obra. Terminado o jornal, num gesto raro da minha vida profissional, pedi que o cinegrafista fosse vender laranja na feira, astronauta ou ser cafetão, qualquer coisa que não precisasse usar uma caríssima câmera, que nas mãos dele não tinha serventia.  Minha chefe, maternalmente, botou a mão na cabecinha do elemento, que sequer foi advertido.
No ano seguinte, por justiça e uma regra não escrita e sagrada nas redações, folgaria no 31 de dezembro. Folgaria. A chefe, que Deus a tenha, que não era judia, mas era casada com um judeu, falou que eu, judeu como o marido, não comemorava a data e, por isso, trabalharia normalmente. Ah, ela também lembrou que aconteceria uma tradicional corrida de rua em São Paulo e que o editor de Esportes, por ser especialista no assunto e não havendo ninguém além dele para isso, seria o responsável pela edição. "Feliz" da vida de ter perdido a chance de desfrutar um réveillon longe de SP, relaxei e trabalhei. Outro cinegrafista foi incumbido de fazer a largada e a chegada.
Recebo a fita e tenho a desagradável surpresa do gênio das lentes ter acompanhado o segundo colocado, africano como o vencedor, achando que era o campeão da São Silvestre. E lá vou eu para a ilha de edição salvar a matéria. Depois do jornal, duplamente feliz por não ter folgado e ter ficado um pouco mais careca para resolver a bomba deixada pelo cinegrafista, reclamei para a chefia. Mais uma vez, nada aconteceu.
Ah, sim, fui incluído num corte coletivo de pessoal, em janeiro, sendo meus colegas e eu avisados da demissão por telefone, num domingo à noite!
Bem mais legal foi fazer de bicicleta o percurso da São Silvestre em 31 de dezembro de 2009, debaixo de sol, na hora do almoço. Boa parte ainda não tinha sido bloqueada ao trânsito, mas deu para perceber que todos que completam a prova são merecedores de aplausos. A subida da Brigadeiro é um castigo até para quem pedala. Lembro que ainda fui até o Parque Villa-Lobos e dei a grata sorte de começar o contato que levaria à compra de um apartamento na região pra minha família.
2010 foi bom demais pra mim, independente da falta de títulos pro Timão (bem, ganhamos no futsal, na F-Truck, na Musa de algum campeonato, no futebol de mesa, um novo estádio que vai abrir a Copa) e dos governos federal e estadual que vem por aí, com aumentos e novas sacanagens. Não podemos contar com eles. Por isso, abra o seu próprio caminho e invista na qualidade de vida. Tudo é consequência dos nossos atos ou da nossa inação. Cabe a você decidir se quer ou não ser feliz. Eu já me decidi: Feliz 2011 pra todos!


 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz 2037!

Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Feliz Chanucá, Feliz Haj, Feliz Ramadã, Feliz Páscoa, Ótimo Carnaval, Maravilhoso Dia da Marmota, Grande Dia da Sogra, Orgasmástico Dia dos Namorados, Saudades dos Dias dos Pais e das Mães, Espetacular Solistício de Verão, Solene Sete de Setembro, Alegre Dia das Crianças e por aí vai.
                   Agradeço a todos, especialmente às pessoas que compartilharam o amor e a amizade, aos que me deram novas oportunidades de trabalho em 2010, aos que tentaram me dar novas oportunidades de trabalho que, de alguma forma, deram alguma força pra mim.
                   Depois de tantos anos de vacas magras, confesso que não esperava terminar 2010 tão bem. Com saúde, com uma ocupação legal que adoro (até levo pra casa a pesquisa que faço para CBAt - Obrigado Benê, Nunes e Maiara) e realizando a maioria das coisas que desejei ao longo do ano. Uma delas é este blog, uma ideia antiga que finalmente botei em prática.
              A postagem de hoje é dedicada ao amigo Sérgio Bogomoltz, ciclista como eu e que gostava do que escrevia aqui ou no Facebook. Ele foi embora mais cedo. Só nos resta pedir para que Deus o receba em paz e que a sua família, especialmente a Sueli e os filhos, tenham uma vida digna, longa e feliz como certamente desejaria o Sérgio.
Bjs pra todos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Considerações sobre a falta de presentes de Natal para um judeu

É engraçado ver como os locutores de TV falam os nomes estrangeiros, sempre puxando para o inglês. Nesta semana, o filho de uma amiga minha se viu no meio de uma tragédia: o incêndio que destruiu a mata do Monte Carmel, e de quebra, matou mais de 40 pessoas e acabou com o colégio onde estudava e morava, em Israel. Imagine você, chegar ao fim do semestre, com todos os seus trabalhos, com todas as suas coisas, seus documentos transformados em cinzas. Ele só saiu com a roupa do corpo e com o notebook (bela escolha, agora dá para comprar tudo pela internet, o problema é arrumar um cartão de crédito sem chamas). André já falou para o G1, à Record e ao SBT, que inovou ao pronunciar Waismann como UAISMAN. Faltou também dizer Ueisman quando o correto era Vaisman. É birra minha. Um grande correspondente brasileiro nos EUA, o Lucas Mendes, chama o Michael Jackson de Michael Jackson e não jécson. O Michael do Schumacher, que dizem ser alemão, é dito por muita gente como Maiquél. Por outras, me incluo no grupo, é Micael como há muito tempo, era chamado o nadador de sobrenome Gross, cujo apelido era Albatroz. Lembro que ninguém chamava o alemão de Maiquél.
Ah, continua esperando a minha opinião sobre o Brasileirão 2010? Continue esperando...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É dezembro, os sinos bimbalam...

Na última sexta-feira, reencontrei velhos amigos do Grupo Educacional Equipe num bar da Vila Madalena, a inóspita Vila Madá, com seus estacionamentos a R$ 15 e suas cervejas long neck a preços de duas de 600 ml. Lá estavam as irmãs Lambert, a Marília Valença-Castelo Branco, a Teca, as irmãs Niobe e Selene, o grande Nei, o Sidão Cecchini (que lembrou as maldades que eu fazia com meu irmãozinho caçula, pura maldade), a Bia ruiva, o Gil organizador do nosso grupo no Facebook, a Lúcia Segall, o sr. Paulo Rapopó e o sr. Abel Fragata que, infelizmente, não trouxe a irmã Cássia a tiracolo. Valeu gente. Estou pronto para novos encontros.
Depois deste momento Maguila do Jornalismo Investigativo Persecutório, vamos às considerações sobre as últimas notícias do Esporte. Como, por exemplo, o fato espetacular de um jogador brasileiro de futebol de botão que marcou o milésimo gol dele (obviamente, num campo de futebol de botão). Foi em 77, 78, mas só agora, vendo os arquivos de A Gazeta Esportiva, tive contato com importante recorde. Também foi interessante ver a reportagem do primeiro dia de Sócrates no Corinthians, o anúncio da chegada do uruguaio Taborda (êta jogador ruim) ao Timão, a sequência das fotos do gol do Careca que deu o único título de campeão brasileiro ao hoje rebaixado Guarani, uma foto do Muricy cabeludo, do comentarista de basquete da Espn, o Agra, novinho e magro bem distante do robusto senhor dos tempos atuais...
Vi os anúncios dos filmes da década de 1970. Chanchadas do Lando Buzzanca! Infância Ultrajada com Linda Blair! As pornochanchadas brasileiras que, hoje, seriam filmes de sessão da tarde...
Domingo na Paulista: manifestação de hare krisnas acompanhando uma santa (?), uma deusa(?), que de longe parecia uma enorme Nossa Senhora Aparecida. Uma faixa ocupada e escolta de motoqueiros da polícia, que encontrei horas depois no Rei do Mate da São João (local obrigatório de peregrinação), dando amostras de estupidez explícita. Eles subiram na calçada, quase me atropelando e ainda assustando um pai que levava o filho pequeno no ombro. Era uma blitz? Um cerco? Nada disso. Apenas vários idiotas que desceram das motos para tomar alguma coisa no Rei do Mate.
Voltamos à Paulista. Itaú e Bradesco disputam as atenções para às tradicionais decorações de Natal. A prefeitura também investiu pesado num palco. O povo adora. Tem até Papai Noel com voz de Bing Crosby cantando aquele velho hit, o White Christmas.
De madrugada, um exemplo da incompetência do governo, qualquer governo, odeio governos. Fiquei sem luz bem na hora da entrevista do Keith Richards ao Fantástico. Também perdi a parte esportiva, que neste domingo, não fez a menor falta. Na tarde de segunda-feira, mais uma prova de que a privatização dos bancos se faz necessária. Por motivos de segurança, o segurança barrou uma velhinha como se ela fosse da Al Qaeda ou tivesse vindo especialmente do Complexo do Alemão para a Av. Paulista fantasiada de velhinha! A senhora mal tinha capacidade de andar. Não perdi a viagem. Disse que o pessoal que esperava entrar na agência, fazíamos parte da quadrilha da velhinha.Para evitar novos acessos de raiva, guardei minha mochila num armário e fui pra fila. Fila para a senha para ser atendido pelo caixa. Fila para o caixa. Mais de meia hora perdida. Saco todo o dinheiro da conta, merreca. Tudo para não voltar ao banco e tão cedo, torcendo para a velhinha sacar um fuzil e começar um dia de fúria.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dicas de ciclismo de um ciclista amador

Quem me acompanha pelo blog ou pelo Facebook já sabe que sou um cicloativista ou ciclista militante (escolha o rótulo, embora esteja bem longe de ser uma Renata Falzoni, de quem sou fã). Se pudesse e o tempo deixasse, faria tudo de bicicleta. No último mês, fui e voltei do trabalho várias vezes com este meio de transporte. Moro na Saúde e se fosse pelo trajeto Jabaquara-Domingos de Morais, Bernardino de Campos e finalmente a Paulista, pedalaria cerca de 15 km (ida-e-volta). Mas, preferi o caminho mais longo e menos suave (não menos perigoso) da José Maria Whitaker, Parque do Ibirapuera, Brigadeiro Luiz Antonio ou Al. Campinas até a Paulista, sendo que na volta, eu esticava até a Indianópolis na altura da Afonso Mariano Fagundes até a minha residência de verão. Dá uns 23 km.
Os dois percursos assustam os menos experientes ou em má forma física. A subida da Brigadeiro (ou da Al. Campinas) exige um condicionamento que não é para qualquer um. A geografia é secundária perto da falta de educação de motoristas e de atenção dos pedestres. Sem contar os buracos e outros acidentes do asfalto digno de rali das ruas de São Paulo e as calçadas em péssimo estado.
O bom da história é que percebi o aumento no número de pessoas que se locomove de bicicleta, não só por lazer como também para trabalho. Falar das qualidades desta ferramenta é tão fácil quanto elogiar uma top model.  Não polui, é silenciosa, faz bem pra saúde, permite utilizar caminhos alternativos e até (é errado, mas...) a contramão, manutenção barata e dispensa despesas de combustível e de estacionamento.
Pedalo desde os 7 anos quando ganhei a primeira bicicleta e também sofri o primeiro acidente diante de uma árvore, que insistia em não sair da minha frente. Ou seja, faz 43 anos que utilizo uma magrela. É claro que, a minha experiência não pode ser comparada a de um iniciante nem com a de um profissional. Diariamente, ouço amigos ou mesmo estranhos que gostariam de ter a mesma atitude que tenho, mas não tem coragem. É para eles que darei algumas dicas.
Escolha uma bicicleta adequada ao seu porte físico. Regule o selim na altura do quadril. Nada de bater os joelhos no guidão. As pernas precisam estar estendidas quase ao máximo para que o ciclista não reclame de  dores nos joelhos ou nas panturilhas. Pedale com a ponta dos pés, não com a sola. Vai sentir diferença na hora de fazer força e vai evitar possíveis lesões musculares.
São Paulo não é uma cidade amigável para o ciclista. Raros são aqueles que têm condições de evitar ladeiras. Não tenha medo de encará-las. Prefiro subir. A velocidade fica mais lenta e são maiores as chances de responder a um imprevisto como um motorista que cruza uma preferencial alheio a uma bicicleta, o que obriga a uma freada mais brusca. Na descida, o risco de acidente é maior. Já sofri uma queda horrorosa ao levar uma fechada de uma motorista e bater com tudo no asfalto irregular (tempos da prefeita e hoje, futura senadora Marta Suplicy - se ela fizer no Congresso o que fez pelas ruas de São Paulo, estaremos ferrados). Capacete, piscas na frente e atrás são de uso obrigatório e falo nisso independente de lei ou norma das autoridades de trânsito. Luvas, sapatilhas, óculos e outros equipamentos de segurança são importantes, mas as prioridades devem ser sempre o capacete e as luzes de sinalização. Evite roupas escuras principalmente à noite. Como ente mais frágil (só perde para o pedestre) no trânsito, é fundamental ser visto pelos outros motoristas. Nem que um corinthiano tenha que usar aquele verde horroroso daquele time que não quer nem falar. A moda para o ciclista deve ser tão chamativa quanto a de um transformista.
Uma bicicleta de 18 ou 21 marchas é o suficiente. A troca das marchas é fácil de aprender. Qualquer vendedor tem condições de dar as orientações necessárias. Geralmente, ele próprio é ciclista, seja o vendedor das grandes lojas de esportes(Decathlon, Centauro, etc) seja obviamente o das bicicletarias. Os sistemas de câmbio estão cada vez mais eficientes, o que evita, por exemplo, ter problemas com a corrente.
No começo, prefira ruas mais calmas, os parques ou as raras ciclovias (a da Marginal Pinheiros é razoável. Assim, como no trânsito de carros, se não for veloz ou só estiver admirando a paisagem poluída do rio, deixe a pista da esquerda livre para os mais experientes). Se não der para ir durante a semana, saiba que nos fins de semana, o movimento nos parques, não só de ciclistas, mas de pedestres é maior. Na ciclovia, você vai esbarrar com crianças, pessoas de idade e mulheres. Nos parques, com pedestres distraídos que não olham que estão ocupando as faixas demarcadas para a bicicleta. Nada de apostar corridas. Pedale com prazer e lembre-se de poupar energia para os aclives. Assim, como quem sonha em fazer uma maratona, comece pedalando por períodos curtos. No início, mesmo com um selim confortável, vai sentir dores na região pélvica. Com o costume, elas desaparecem quase que imediatamente. Um computador de bicicleta (coisa de, no máximo, R$ 100) indica a quilometragem. 15 km em 1h é uma carga legal para um iniciante.
Pelo Código de Trânsito, é proibido trafegar de bicicleta nas calçadas, mas nunca vi um guarda aplicar uma multa. Use o bom senso. Nos calçadões do Centro, diminua a velocidade e redobra o cuidado. Lembre-se que as vias são destinadas principalmente aos pedestres. Em vias movimentadas ou com muitos ônibus, como a Brigadeiro Luiz Antônio, é inevitável pedalar nas calçadas. Ainda de acordo com o Código, os veículos precisam ficar, no mínimo, a 1,5 m do ciclista. Muita gente nem sabe disso. O motorista que dá fechada ou dirige bem próximo da bicicleta é um assassino em potencial. Também, nunca vi um guarda multar algum animal no volante que gosta de tirar fina do ciclista.
As estradas, as grandes avenidas e as Marginais são para os mais experientes. Enquanto não tiver coragem de encará-las, não tenha vergonha de andar nas calçadas ou de desmontar da bicicleta para atravessar as ruas mais perigosas. Você não é o Alberto Contador nem o Lance Armstrong, que precisa cumprir metas volantes ou disputar a camisa de campeão do Tour de France.
Entre para grupos para os Night Bikers ou coisa parecida (hoje, boa parte das bicicletarias organiza passeios noturnos). Além de ser um jeito seguro de pedalar à noite, é uma chance de fazer amizades e perder um pouco do medo da bicicleta na cidade.
Pedale numa boa. Se for possível, leve uma câmera fotográfica. Vai conhecer lugares, que se fosse de carro, por exemplo, não daria a menor bola. Voltarei ao assunto.
Bom passeio.

Jaco Pastorius Three Views Of A Secret

uma das músicas mais lindas que já ouvi

terça-feira, 16 de novembro de 2010

minha vida de blogueiro

Olho o Facebook diariamente. Tem coisas fantásticas como a de reencontrar velhos amigos ou conhecidos que, em determinado instante, tiveram relações comigo. Acho mais sensacional ainda quando eles são pessoas conhecidas do grande público ou referências na área de atuação e me adicionam por mais irrelevante que eu seja. Sinal de que não perderam a humildade de compartilhar uma amizade nem que seja virtual.
Por outro lado, acho estranho terceiros serem oferecidos pela rede social como eventuais amigos a se adicionar. Vejo fotos de casais desconhecidos,  de animais de estimação, de paisagens e entro nos perfis e, sinceramente, não vejo razão alguma para adicioná-los. Perco meu tempo com remoções diárias.
O grande barato mesmo é a repercussão dos comentários, das fotos e das postagens do blog. Nos casos de esporte, política e religião, há uma certa divisão. Algumas respostas iradas de amigos (e de desconhecidos), que fazem pensar em tirá-los da minha lista. Outros, talvez por saberem quem eu sou, entram na brincadeira e pegam o espírito da coisa. É complicado pois é uma rede pública e quem posta alguma coisa corre o risco permanente de desagradar alguém. Paciência.
Acho legal saber que sou lido em Nova York, em Dublin, em Colombo (PR e não no Sri Lanka) e em outros lugares do planeta que nunca pisei. Faz bem pro ego. Só não virou dinheiro. Mas aí era querer demais.

Masp by Regina Silveira

Não vi Norah Jones

O diabetes me impediu de ver Norah Jones. É muito doce.
Minha filha está entusiasmada em mexer com apicultura. Ela é muito doce.
Maravilhas da Av. Paulista e arredores, principalmente, nas bancas de jornais: trufas de tudo que é jeito. Com Ferrero Rocher, tradicional, sonho de valsa, com cereja, maracujá, coberta de chocolate preto e recheio de chocolate branco. Muito doce.
Alonso termina a corrida e não cumprimenta o campeão Vettel. Muito cu doce deste espanhol.
Pedalei 43 km. Faz tempo que não fazia distâncias longas. O trabalho e as constantes chuvas atrapalham meu planejamento ciclístico. Nada como um feriado. Cheguei à Paulista em menos de 30 min. Normalmente, pelo mesmo caminho, demoraria um pouco.
Fotografei a intervenção da Regina Silveira no Masp. É uma das minhas artistas contemporâneas favoritas. Sabe mexer com as escalas de objetos, de figuras e faz uma arte acessível. Popular e sofisticada.
Um carro fura o sinal na Praça Villaboim e indigna pedestres.
Uma pedestre atravessa a Paulista e outro cruza a Faria Lima com a maior calma do mundo. Eu aviso - bicicleta também atropela.
A Justiça (????) solta os delinquentes que agrediram os rapazes na Paulista pelo fato deles serem gays. Tecnicalidades jurídicas à parte, a justiça (minúscula mesmo) perdeu uma grande chance de dar uma lição a um bando de fdps.
O Roda Viva desta segunda foi com o cineasta Cacá Diegues. Um porre. Melhor foi ver The Middle, The New Adventures of Old Christine, É Rapidinho (com o apresentador João Carlos Albuquerque cantando Paul McCartney, com os ingressos do show - que inveja!) e a reprise de Two and a Half Men, que entrou em nova temporada.Valeram à noite deste feriado neste país que todos ignoram história, não sabem o que representa o 15 de Novembro além de ser nome de rua, assim como os republicanos e o grande Marechal Deodoro da Fonseca, célebre por uma quadra nada inocente que recitávamos na infância, e nome de estação do metrô perto da antiga sede da Globo em SP e de escola no Bom Retiro, por onde passaram grandes figuras do Bom Retiro e não saiu um marechal sequer um general.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Dilma eu te amo!

Estou de volta ao blog internacional que gerencio. Não é pouca merda ter leitores na França, no Canadá, na Alemanha, em Israel e até neste país. Peço desculpas aos meus 12 seguidores pela ausência dos últimos dias. Tenho digitado tanto no trabalho que chego cansado para escrever aqui. Como hoje estou mais animadinho, estou pronto para novas aventuras.
Bem, a eleição acabou e já temos boas surpresas do novo governo. A primeira é sensacional. Querem a volta da CPMF! A segunda é incrível. A Dilma resolveu fazer o que o nosso presidente faz há quase 8 anos: já entrou em férias! A terceira: José Dirceu saiu do subterrâneo e reapareceu no Roda Viva. Como prato jornalístico, ótimo. Dá até filme - A Volta do Morto Vivo.
Chega de comentários políticos!
Vamos ao que interessa - já estão no ar as novas temporadas de Two and a Half Men e The Big Bang Theory, as minhas Passiones. No último, impagável a demonstração do braço robótico do nerd judeu como garçom e instrumento de apoio sexual.
Beno recomenda - a coleção de MPB lançada pelo Estadão. Meus Caros Amigos, do cabo eleitoral da Dilma, é imperdível. Voltei a ouvi-lo na íntegra e cheguei à conclusão (óbvia) que só tem obras-primas. Remasterizado, é show de bola.
Esta semana, tive um daqueles encontros inesquecíveis. Há uma semana, ganhei da minha irmã favorita (e única), o CD do Pato Fu tocando com instrumentos de brinquedo. Adorei e está na lista do Beno recomenda. Pois bem, tinha acabado de almoçar num self service inusitado da galeria, onde está a rádio Jovem Pan, inusitado por tocar rock pesado na hora do almoço seja qual for o cardápio, quando me deparei com o ...PATO FU. Conversei rapidamente com a Fernanda Takai, o marido John e um músico da banda, que confesso não sei quem é. Não pedi autógrafos por absoluta vergonha, mas elogiei o CD. Melhor: eles vão tocá-lo no dia 28, na Livraria Cultura. Mais pra frente devo ter os detalhes.
Agora só estou esperando trombar pela frente com o Paul McCartney...

Brian Setzer - Americano - Live!

The Brian Setzer Orchestra "SLEEPWALK" Live

The Ventures - Sleep Walk

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Por que vou votar no Serra

Não tenho a menor dúvida que o Serra é o melhor candidato. Estou tão convicto disso que, diariamente, sou metralhado pelas patrulhas ideológicas que abundam nas redes sociais (teve até um que me chamou de reacionário) e agora sou obrigado a explicar o meu voto.
Primeiro, Serra é careca como eu. Embora seja palmeirense, ele promete dar a Libertadores ao Corinthians.
O desespero em subir nas pesquisas é tão grande que Serra vai dar o ministério da Educação à Geise Arruda.
Para trazer mais divisas ao país vai liberar a exportação de escravas brancas e travestis. Também vai garantir direito a um posto de combustíveis a todo brasileiro que perfurar o pré-sal e achar petróleo.
Na Saúde, promete a cura da calvície, da impotência, da ejaculação precoce e do gênios precoces como a Maysa.
Na Segurança Pública, vai legalizar o uso de armas para a população, o que de quebra, com um monte de chacinas, vai servir para impedir a explosão demográfica. Chega de intermediários, vai convidar o Marcola para ser ministro.
Serra também promete dar um lugarzinho a todo brasileiro nos cruzeiros marítimos do final do ano e até arrumar um ingresso vip nos shows do Paul McCartney.

Por que vou votar na Dilma

Faltam 3 dias para a eleição e estou convencido que a Dilma é a melhor solução para o Brasil. Diariamente, sou metralhado por mensagens messiânicas de partidários da candidata petista e realmente, repito, estou convencido que ela é a bola da vez.
Vejamos algumas coisas que Dilma fez ou vai fazer se cumprir mesmo o programa de governo:
Na Saúde, a cura do câncer, do Alzheimer, do Parkinson, do chato no saco, da hemorróida e da ignorância; o direito de todo cidadão brasileiro poder usar de graça os serviços dos hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa e Oswaldo Cruz, de São Paulo, e a rede D`Or do Rio; o fim das filas nos postos de saúde e o fim dos corredores dos hospitais para abrigar pacientes à espera de atendimento.
Na Educação, a extensão do ProUni para candidatos a um MBA, a um curso numa faculdade vagabunda tipo Harvard, Cambridge, Yale e Oxford. A exigência de mestrado para aquelas monitoras gostosinhas que cuidam do seu bebê nas creches, que serão multiplicadas por milhões. Cada aluno do ensino fundamental terá o seu próprio notebook (Apple, é claro) com programas para joguinhos educativos (GTA e Fifa 2010, por exemplo). Cada sala de aula terá wireless e, se bobear, teacherless.
Para a Segurança Pública, haverá convênio com mílicias e traficantes para que os serviços cheguem sem problemas às comunidades. Cada favela terá o seu próprio Bope. Serão instaladas câmeras até nos banheiros. O Coronel Nascimento vai cuidar pessoalmente da política para a área. Morumbi, Alphaville,Jardins, Ipanema, Leblon e outras áreas de risco, terão seus próprios campos de concentração para manter os moradores longe da convivência do resto da população. O problema será encontrar porteiros, faxineiras e jardineiros com conhecimentos bilingues (não vale paraibano-português nem baianês-sertanejo). Mas isso Dilma vai resolver nos próximos anos.
A corrupção também não será problema. As taxas de 15%, 20%  ou até mais serão incorporadas aos jetons dos políticos, evitando constrangimentos. Em troca, eles prometem trabalhar até nas Festas Juninas e no Carnaval.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Cenas de uma segunda-feira de inverno em plena primavera

Hoje, dia 18 de outubro, voltei ao trabalho depois de um final de semana marcado por visitas ao Bar dos Cornos, no Jaguaré, zona oeste de São Paulo (ótimas pingas e bolinhos de mandioca com jabá), a um lar de velhos (recomendo a todos, principalmente aos mais jovens, a fazer isso; é uma lição de vida) e aos maravilhosos cheese-saladas do Chapa.
Nesta segunda-feira invernal, convivemos com chuva, vento gelado e frio. Nem parecia que era primavera. Deixemos a meteorologia de lado.
Durante o trabalho, meu colega de mesa, o grande Walter Pimentel, da Gazeta Press, corrigia textos. Num deles, a palavra remoção estava escrita com dois esses. Motivo de indignação do copidesque e de risos dos jornalistas mais experientes. E pra não perder a piada, disparei de bate-pronto - Remova os esses imediatamente!
Fim de expediente. No saguão do prédio onde recepcionistas e seguranças me tratam como suspeito de alguma infração penal, apesar de me verem diariamente, com RG e tudo em cima (já fui até com uma camiseta escrita NADA CONSTA), descobri que havia um evento da Petrobras com vários esportistas convidados. Vi de longe a Ana Moser e na saída, o grande goleiro Tobias, da Seleção Corinthiana campeã mundial de 1977. Acompanhei-o pela quase deserta av. Paulista na hora do rush e fiz questão de cumprimentá-lo. Primeiro, disse que estava no Maracanã, na célebre invasão de 1976. Nem Moisés (o Profeta, não o falecido zagueiro) levou tanta gente para fora de um lugar distante mais de 400 km como aquele jogo histórico. Depois, soube que o elegante Tobias (estava engravatado e mais magro do que certo atacante da Seleção Corinthiana) cuida de uma ONG que abriga dependentes químicos e da Seleção Master do Brasil, que tem, entre outros, Geraldão Manteiga (um dos responsáveis pela minha calvície precoce) e Jonas Eduardo Camargo, o popular Edu, talvez o melhor ponta-esquerda que vi em campo. Nos despedimos e me dirigi ao subway paulistano.
Me assusta a perspectiva de expansão do metrô propagada pelo futuro governador do estado. Hoje, não há espaço físico para receber milhares de passageiros das novas linhas no proporcionalmente pequeno número de composições. O metrô já foi o meio de transporte que orgulhava São Paulo. Não vai demorar muito para, a exemplo do Japão, termos seguranças empurrando à força os passageiros para dentro dos vagões. A Companhia do Metrô também poderá ceder ventosas nas mãos para usarmos o teto e abrirmos lugar para mais gente. Como na cena clássica dos Irmãos Marx em UMA NOITE NA ÓPERA. Diante de um camarote superlotado, Groucho diz para alguém interessado em entrar ali, que havia lugar no teto.
Felizmente, a minha viagem terminou rápida. Livre das pessoas que não dão passagem nas escadas rolantes (na semana passada, me vi numa situação de Mr. Bean - passava por um velhinho e encontrava mais dois fechando o caminho) e nem nas portas, fui para a minha residência de inverno (com o puta frio que estava fazendo aí, São Paulo virou uma aldeia siberiana) e no caminho, vi um novo abrigo de homeless próximo a uma tradicional loja de cama, mesa e banho, cujos donos devem estar felicíssimos com a nova vizinhança.
Para não dizer que não falei de flores, vale uma menção honrosa às duas melhores mesas redondas da TV deste país. É Rapidinho (todas as segundas-feiras, às 20h15 e como é na Espn, é uma ótima alternativa ao horário de propaganda eleitoral), apresentado por um ex-colega de trabalho e gente finíssima,  "Clark Kent", o João Carlos Albuquerque; e o Rockgol, que nesta segunda-feira, me fez chorar de rir com o Supla, o Benjamin Bac e o zagueiro Fabrício, do Clube de Campo Palmeiras, e com os impagáveis apresentadores Paulo Bonfá e Marco Bianchi. Nas passagens de bloco, clips hilariantes dos melhores(?) momentos dos campeonatos promovidos pela MTV. Me lembrou vários amiguinhos do futebol (alguns da minha nova turma de boleiros da Globo) e o lateral Moacir, do Corinthians, que perdeu um dos gols mais feitos do Brasileirão/2010.
 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Pequenas considerações

Tenho passado dias debruçado no arquivo da Gazeta Esportiva/A Gazeta. Mais do que isso, estou maravilhado com o material encontrado. Debruçado/maravilhado/encontrado. Pura poesia. Bobagens à parte, é um barato ver fotos antigas de Interlagos sem a menor segurança e o máximo de romantismo. Ver que o ator John Herbert fez parte de uma equipe recordista paulista de natação. Saber que o Corinthians teve um goleiro Bino na década de 1940. Observar os classificados da época. Um deles mostrava um loteamento no futuro bairro de Cidade Patriarca. Casas à venda por CR$ 5.000,00. Bicicletas Raleigh. Lojas Garbo. Remédios para vermes. Comércio precisando de meninos para trabalhar. Mercado de trabalho de sobra para oficiais alfaiates.
Nas páginas da Gazeta Esportiva de 1950, o anúncio do casamento civil de Bauer, o Monstro do Maracanã. Duas décadas depois seria meu técnico no dente de leite do Círculo Macabi, ocasião na qual ganhei uma raríssima medalha de ouro como campeão do clube. Não faltava espaço para assuntos como um jogo do Corinthinha do Bom Retiro, o campeonato amador de beisebol, uma foto em close de um cavalo tido como favorito no "tattersal" de Cidade Jardim, o programa de corridas no Trote da Vila Guilherme, hoje um parque. Pinga I (bom nome para presidente) era o artilheiro no começo do Paulistão/1950, com 9 gols. Baltazar, o Cabecinha de Ouro, tinha 5. Teve goleada de 10 x 0 do São Paulo. Brandãozinho, craque da Portuguesa e do Corinthians, era chamado de "colored" nos tempos que não havia Lei Afonso Arinos.
Vale destacar a propaganda eleitoral pré-TV. Páginas inteiras de publicidade paga pelos candidatos. A presidência, por exemplo, era disputada por Vargas, que aparece numa foto com Lucas Nogueira Garcez e Adhemar de Barros, futuros governadores paulistas; por Cristiano Machado, que foi traído pelos companheiros de partido, fato que gerou o termo Cristianizar (Alckmin e Serra foram cristianizados em eleições recentes) e pelo brigadeiro Henrique Lott, que a exemplo de um certo candidato atual, fez uma campanha desastrada. Como se sabe, Vargas ganhou e quatro anos depois, abriu caminho para uma grave crise institucional, embrião do golpe de 64. Uma  pequena (e importante) consideração.
Chega por hoje. Daqui a pouco farei mais uma mineração na rica jazida da Av. Paulista.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Trabalho!

Meus 12 seguidores estavam preocupados com o meu sumiço. Calma, eu não virei comida de algum cão de certo amigo de um ex-goleiro, nem ganhei na Mega-Sena (infelizmente) e tampouco fugi para as Ilhas Fiji.
Desde terça-feira, dia 5 de outubro, voltei a ter trabalho remunerado (jogar assiduamente o Mafia Wars e o Music Challenge não me garante qualquer ajuda de custo). Agora sou um feliz pesquisador para um projeto de livro da Confederação Brasileira de Atletismo. É a conjunção de duas paixões - história e esporte.
Estou tendo o privilégio de conviver com a equipe da Gazeta Net e de folhear edições de A Gazeta e da Gazeta Esportiva da década de 1940 para cá. Uma oportunidade de ver textos e fotos incríveis. Exemplos: uma foto de uma prova de ciclismo numa preliminar de um jogo do Corinthians, no Pacaembu, um lance de um jogo de futebol  com a Concha Acústica do mesmo Pacaembu de fundo; no mesmo estádio, o estacionamento dos carros da época (americanos principalmente) alinhados de forma organizada, sem flanelinhas, nos morros do Pacaembu. Uma foto do inesquecível Oswaldo Brandão, técnico do Timão/77, novinho como jogador do Palmeiras. O novato Baltazar ainda não era o Cabecinha de Ouro. Leônidas da Silva e Heleno de Freitas na Seleção, que tinha jogadores com meias na cabeça. Fotos de Argentina 4 x 3 Brasil, pela Copa Roca de 1946, no Pacaembu, época que os argentinos eram favoritíssimos. Um anúncio da venda de um Ford 1933 em perfeito estado, movido a gasogênio, combustível usado durante a II Guerra. Propaganda de uma loção para barba a base de lysoform. Tempos que fotos de jogadores da Portuguesa estampavam uma página inteira. Que o industrial Moisés Lucarelli lançava os alicerces do estádio da Ponte Preta, que mais tarde receberia o nome dele. Enquanto isso, o Bangu inaugurava o Estádio Proletário, que na véspera da Copa de 70, teve um inusitado amistoso entre o dono da casa e a seleção do Tri, que terminou empatado por 1 x 1.
Em 1945, o Pinheiros sediava a primeira edição do Troféu Brasil de Atletismo com a mais moderna pista da América do Sul. O estádio das Laranjeiras, do Flu, era usado para competições de Atletismo. A Gazeta divulgava os páreos do Trote da Vila Guilherme, o Paulista de Base-Ball (como escrevia na época), os campeonatos da várzea, os torneios no interior e na Baixada Santista e usava as fotos enviadas pelas agências internacionais com as legendas originais em inglês. Um barato.

gato pega carona

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Hipocrisia

Apesar do meu esforço para que a eleição terminasse no dia 3 e com isso poupasse a população de mais três semanas de horário de propaganda eleitoral no rádio e na TV, vamos ter o 2º turno para a escolha do novo presidente do país. Se for a Dilma, direi que será o terceiro mandato do Lula. Se der Serra não acredito em mudanças significativas no país. Um dos motivos é o novo Congresso, que terá uma renovação de 43% das cadeiras. Um índice insuficiente para alterar velhas práticas da política nacional. Com raras exceções como o Aldo Rebello, que não teve meu voto e está indo para o 6º mandato, a esmagadoria maioria vai ocupar o baixo clero, vai trocar votos por cargos ou verbas para às respectivas regiões de atuação e não terá condições intelectuais ou morais para ajudar o futuro presidente nas reformas tantas vezes adiadas. Seja Serra ou Dilma, o desemprego continuará alto, a economia continuará a favor dos bancos e a carga tributária não vai cair nem a pau.
Muitos eleitores criticam a vitória do Tiririca, o deputado federal mais votado, e esquecem de nomes que, se não são bizarros, assustam muito mais. João Paulo Cunha (que gastou R$ 50 mil com a TV a cabo) e Paulinho da Força são alguns deles. Uma lista que poderá ser acrescida com Maluf e os outros que conseguirem escapar da Lei da Ficha Limpa.
O problema do Tiririca receber mais de um milhão de votos é o mesmo que supervalorizar a votação da Marina. São dois Cacarecos que, circunstancialmente, receberam uma votação acima do previsto. Me desculpem os ambientalistas, Marina é uma figura tão folclórica quanto o palhaço cearense. Ela tem uma respeitável história de vida, mas se fosse eleita seria uma curiosidade como foi Pelé no ministério dos Esportes. O Tiririca deve cair no esquecimento no primeiro ano de mandato como aconteceu com o Clodovil e o Biro-Biro.
Rezo para estar errado em todas as previsões acima.

domingo, 3 de outubro de 2010

Domingo de eleição II

Acabei de postar 3 das 14 fotos que tirei neste domingo frio em todos os sentidos. A primeira mostra a Av. Faria Lima por volta do meio-dia. As outras duas praticamente iguais são da muvuca da imprensa em torno da provável senadora Marta Suplicy. Revi o Lúcio Tabarelli (repórter da Band) e o Zé da Silva, cinegrafista da Gazeta.
Fui de bicicleta. Somando ida e volta, 23km. Um animal num Fusion (?) furou o sinal vermelho e por pouco não faz um strike de ciclista. A mãe dele foi lembrada por mim.
Na quadra adiante, uma senhora quase virou asfalto com o neto. Ela conversava no celular quando o sinal já estava aberto para os carros. Levou uma bronca de um motorista e em seguida, meti a minha colher na briga. Disse que a idiota estava errada e colocou em risco a vida da criança. É claro que ela não admitiu o erro. Fui embora e deixei-a pra trás.
Passei célere pelos motoristas que congestionaram a Alameda Gabriel Monteiro da Silva e a Indianópolis, sem falar aqueles que vão pelas vias, onde são montadas as ciclofaixas.
Votei na mesma seção que voto há décadas. Nenhuma fila. Fui atendido por uma mesária nada esperta. Ela viu meu RG e foi procurar o eleitor Naftalis Hercas Suckeveris. Infelizmente, o meu pai não está mais aqui para votar. Um colega dela percebeu a cagada e corrigiu o engano. Quando ia me pedir outro documento, falei que não ia ser fácil achar um homônimo.
Fui pra urna e fiz o meu dever de cidadão. Quando terminei, achei que, depois do toque da campainha, iam rolar umas moedas tipo caça-niqueis de casino.
Perto dali, vi a saída da Marta Suplicy que, espontaneamente, a pedido de um fotógrafo, fez o V da vitória e saiu dando gritinhos de comemoração de uma eventual vitória do PT no 1º turno. Danilo Gentile foi atrás da candidata. Só saberemos o que falou nesta segunda, no CQC.
Nas ruas, cavaletes e santinhos emporcalhando as calçadas. Numa delas, alguém pintou em cima de um cavalete da Marta como se ela tivesse levado um tiro na testa. Num cartaz, Serra e Alckmin ganharam chifrinhos de diabo.  
Definitivamente, foi um domingo bundão.

Domingo de eleição



sábado, 2 de outubro de 2010

Sem Noção II

Dando continuidade aos Sem Noção de ontem (1/10), os candidatos a deputado federal por São Paulo, desta vez meu assunto é a turma dos Sem Noção que deseja uma cadeira na Assembleia. São 1.776 candidatos. Poucos são conhecidos - Leandro do KLB, Leci Brandão (será que, se forem eleitos vão largar a carreira musical? Pensando bem, é uma boa alternativa), Simony (Balão Mágico com o Jairzinho e o filho do Ronald Biggs, lembra? Playboy - momento decadente da revista - , lembra? Ah, então você estava em outro planeta nos últimos 40 anos), Caju (da dupla Caju e Castanha, ao contrário do KLB, ficaria triste se parasse) e o Ademir da Guia (que concorre contra Zico, Zidane, Kaká, Dinei "Fui", Pelé Problema e Euripinho Artilheiro do Povo). Também da área esportiva, a ex-boia-fria Maria Zeferina Baldaia foi campeã da São Silvestre.
Melhor é acompanhar os demais Sem Noção. Joselito, por exemplo. Tenho  óbvia simpatia por Careca Neles e o Kojak, que devem defender os desprovidos de cobertura capilar.
Além do supracitado Caju, poderemos eleger uma bancada da segurança alimentar - Batata, Jiló, Café, Cebolinha, Laranja, Sardinha, Chocolate e Frangão. Eles contam com o apoio do Luiz do Churrasco, Maurin da Sorveteria e do Edson Pão de Minas. Gordinho da Paz deve ficar longe destes candidatos. Se passar mal, muito mal mesmo, o Moisés da Funerária estará pronto para atendê-lo. Os dois candidatos com nome de Magrão não devem ter maiores problemas com a dieta.
Jádson, o Léo Áquila,  e Francisco de Sales Rodrigues (Salete Campari) arrasariam se fossem eleitos (eleitas?) com o Serginho do Loucuras do Amor.
Beethoven não ficaria muito a vontade com o Wadão DJ Jegue Dente de Ouro e nem com o Bijú, o Furacão do Forró.
A bancada meteorológica contaria com Ferraz Vai Chover e Ezequias, que também Vai Chover. Nenhum dos dois prometem sol, o que é uma pena. Não vão ter os votos dos ciclistas e nem dos veranistas, entre as demais camadas do eleitorado.
Carlos Grana tem tudo a ver com o partido dele, o PT. Já o Candidato do Grande Deus deve ser um ET dentro do PC do B. Lenhador só poderia ser de outro partido. No PV, certamente, não entraria.Jadis é Verdade saiu pelo PSOL. Não é mentira.
Eleição é programa de índio. O Lucio Xavante está aí para não me desmentir.
Palhacinho Pimpão,  o Palhaço Piroleta e o Mussum, assim como o Márcio Canuto (que não é o da Globo) e o Juvenal Antena (que não é o Antonio Fagundes) brigam pelos votos tanto quanto o Alex Camburão, o Moisés Papai Noel, Havanir (meu nome é Havanir, gritava a raivosa seguidora do falecido Enéas. Fico imaginando numa cena mais tórrida), Matrix (Keanu Reeves? Lawrence Fishburne? Trinity?), Marisa Porreta, Marcão Siga Bem, Super Nany de Jesus e Nelson Mandela (Adolphino tem uma incrível semelhança física com o líder sul-africano).
Quer mais opções? Que tal o Zé Louquinho ou o Matusalém (bom slogan pra ele - um candidato para a vida toda)?
Não vai votar em ninguém? Cuidado: Ninguém é nome de candidato. Toninho o Desconhecido assume que ninguém sabe dele.
Para todos vale a receita do sr. Osmar Lins, que também quer uma boquinha naquele elefante branco do Ibirapuera. Peroba neles!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Blazing Saddles Full Movie HQ (Part 9)

A Night At The Opera: Crowded Cabin Scene

The Muppets Perform Queens Bohemian Rhapsody

Knights Who Say Ni

Buddy Rich VS Animal

Jim Abrahams - Top Secret! (Val Kilmer As Elvis)

Stoning - Ao Ahmadinejad - cena do apedrejamento em A Vida de Brian

todasas

Sem noção

Nelson Motta vai votar na Marina. O Nassif na Dilma. Tem a turma dos tucanos. Até aí tudo bem, é a democracia. Os presidenciáveis estão bem definidos, cada um na sua praia. O problema para nós eleitores é escolher gente que vai para o Congresso e Assembleia. Apesar de serem Casas suspeitas como aquelas que usam uma luz vermelha do lado de fora, infelizmente, dependemos de senadores e deputados. São eles que aprovam ou não, projetos que podem alterar o cotidiano do brasileiro. Se resolvem que, mesmo com todas as evidências, Sarney e Maluf são pessoas   bacaninhas como eu e você que ralamos para pagar as nossas contas, temos que obedecer.
Por isso, me dei ao trabalho de examinar os nomes dos 1.276 candidatos a deputado federal por São Paulo. Alguns tentam a reeleição e este grupo me dá medo. Maluf, João Paulo Cunha e Genoíno estão nele. Tem aqueles que você pensava que estavam mortos politicamente, mas insistem em reaparecer como um Jason: Valdemar Costa Neto, Manoel Moreira (um dos anões do orçamento), etc. Existem os famosos desta eleição como o Tiririca, Marcelinho Carioca, Vampeta, Mulher Pera, o filho do Raul Gil, o filho do Eli Correia, o KLB (Kiko? Luizinho? Beno?).
Fiquei mais interessado no que chamo dos Sem Noção. Pessoas que se acham, que desperdiçam nosso tempo, que sabem que não tem a menor chance de serem eleitos e, ainda assim, por vaidade ou sei lá o quê, nos aporrinham na TV e na Rádio.
Se tem o Tiririca, tem o Palhaço Dudu Show. Frank Aguiar, o Cãozinho dos Teclados, ganhou a companhia do Anjinho dos Teclados. Diolídio resolveu  atrair mais atenção botando uma barba e se nomeando binladen. Veja também a foto do Ivan, o Terrível. Nem a mãe dele votaria no elemento. Obama Brasil ou Rosemar Barack Obama? Qualquer coisa tem o Lula, do PT, é claro.
Nice sou a Diarista? Pô, continue sendo.
Madonnaká é Kátia Thomé. Grande merda.
Tetraneto do Zumbi de Palmares. Legal, o seu parente nos garantiu um feriado em novembro. É o suficiente.
Natália Costa Pimenta deve ser filha do Rui Costa Pimenta e da Anaí Caproni, daquele partido raivoso, que pelo jeito também é chegado a um nepotismo.
Dona Hilda sem escola, Chinelo, Nice da Chinela, Pé Vermelho, Cabeça Branca (na foto, tem cabelo escuro), Boca Nervosa, Josué Topa Tudo, Mauro Siga Bem, Agenor Bisteca, Tio do Doce, Cocadinha, Azeitona, Agenor Bisteca, Peixe Zona Sul, Maisena, Generino Genérico, Sonrisal, Maria Bonita, Zé Bonitinho, Zé Amiguinho, Wanda a amiga de sempre (legal, vou te mandar uma contas pra pagar),  Maluco Beleza, Marcos Neblina, O Politizador do Brasil,  Rainha Naja, Reizinho, Maradona do Brasil,  Queiroz Periquita, Marcos Favalli vulgo Marketty, Paulo Cezar Souza Lima também conhecido como Rosana Star, Marco Antonio Capivara, Tigrão, Zé Cri, Rubinho Cai Cai, Jô do Magrão, Nêga do Zaíra, Professora Rosíris Consolo e Rogério Batom são todos candidatos como também o Geraldinho, o Iluminado (espero que não seja o filme do Kubrick) e pra mim, o cara que vai salvar o país, o Magaiver.
Ainda tem os candidatos a deputado estadual. Que medo!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O dia de votação está chegando. Que medo!

Um comediante foi eleito prefeito da capital da Islândia, o segundo cargo mais importante daquele país. Tiririca deverá ser o Cacareco da eleição de domingo. Sem falar na bruxa Úrsula (ver Pequena Sereia), digo Dilma, que está bem pertinho da Presidência. Depois de ver a lista de candidatos a deputados federais e estaduais por SP, estou pensando seriamente em disputar o próximo pleito (eu escrevi PLEITO e não peito).
Nesta terça-feira, gastei quase 1h para fazer a cola que levarei à sessão eleitoral. Quem for fazer isso sugiro ir ao site do Terra, que organizou a coisa direitinho. Só de deputados tanto federais quanto estaduais, há mais de 2.000 candidatos.
Meu método é simples - acompanhar diariamente o que fazem os atuais deputados e ver se tem algum novato que fuja da rotina de promessas ou  que seja uma pessoa séria e honesta. Como os partidos existem apenas como balcões de negócios (e negociatas), o jeito é arriscar.
Presidente, por exemplo. Não gostaria de um terceiro mandato do Lula, digo o primeiro da Dilma. Confio nela tanto quanto no Marcola ou no Ricardo Teixeira, para falar de alguns bandidos conhecidos. Terei de recorrer ao voto útil. A dúvida fica entre o Serra e a Marina, que infelizmente vai virar vendedora da Natura.
Senador: temos que eleger dois. Marta e Netinho, nem com o segundo me ameaçando me bater. Tuma precisa cuidar da saúde (dele). Sobram o resto. Por eliminação ficarei com o Aloysio, que tem uma trajetória de respeito, e com o Ricardo Young, do PV, um simpático desconhecido.
O problema começa na escolha dos deputados. A lista é material quente para humoristas. Além dos Tiriricas, KLBs, Ronaldo Esper, Agnaldo Timóteo, Vampeta, Dinei, Marcelinho Carioca, os herdeiros do Enéas (meu colega de mesa no Aqui e Agora. Pessoalmente, nada tinha da agressividade que revelou como político), tem cada figura. Bin Laden é candidato. Barack Obama também. Pé Vermelho. Seu Amiguinho. Vejam as fotos. Tem cara com peruca, mulher vesga. Show de horrores.
Depois de extensa pesquisa, separei sete possíveis recebedores do meu voto para deputado federal: o delegado Protógenes Queiroz (PC DO B), o meu ex-professor de Física do Equipe e atual vereador Eliseu Gabriel (PSB), Luiza Eluf (PV), Mara Gabrilli (PSDB), Silvio Torres (PSDB), Walter Feldman (PSDB) e a Zulaiê Cobra (DEM). Como se vê, são gente de diversos partidos e que podem melhorar o nível de representação no Congresso.
Problema mesmo é achar um deputado estadual. São mais candidatos do que para federal, mas dá desespero percorrer a lista e ver que são fracos, inexpressivos, tão inúteis como a Assembleia que, normalmente, apoia tudo que o governador de plantão mandar. Por isso, estou em dúvida em três opções - anular, votar em branco ou na Regina Gonçalves (PV), indicada pelo meu amigo Moraes Eggers. Aceito sugestões.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Tempo bom apesar do temporal

A segunda-feira começou muito cedo para quem está aposentado por falta de serviço.  Ri dos carros parados nos semáforos enquanto seguia lindo, leve e solto de bicicleta. Tinha até Sol, um pouco tímido depois de um domingo sem graça. Às 8h30, já fazia exame de sangue e saia do laboratório com um frasco plástico de 2 litros, que ficou ansioso em receber a minha urina durante 24h.
Primeiro, levei-o para passear no Ibirapuera, que amanheceu com muitas poças d`água. Suficientes para encher minha mochila e minha camiseta de pingos de lama como se fosse uma pintura do Seurat.
11h da manhã e o dia não passava. Fiquei até com vontade de ficar numa fila de banco ou da famosa farmácia próxima de casa, atrás dos velhinhos tarados por fraldões ou por um remédio para incontinência urinária.
Um telefonema mudou o meu dia. Não darei detalhes nem que a Susane von Richtofen me acuse de chamá-la para uma conversa ao som de João Gilberto. E o que parecia uma segunda-feira bundona, virou um dia ensolarado. Nem adiantou cair um temporal ou ver a cara de merda que o Ernesto Paglia fez ao saber que viajaria de Sergipe para uma cidadezinha do cu de Tocantins. O dia estava ganho. Foi tanta emoção que só um bercinho para me acalmar. Fui.

domingo, 26 de setembro de 2010

Domingo Blue

Falta uma semana para o primeiro turno das eleições.
Faltou sol neste domingo. Nada de pedalar.
Sobraram preguiça e desânimo. Fim de uma relação. Fim de feira.
Felizmente, a TV Cultura brindou os cinco espectadores (se tiver mais, ótimo) com um documentário sobre a história dos Blues na Inglaterra com direito a um dueto de Jeff Beck com o cantor Tom Jones, que nem sabia que era blueseiro. Depoimentos de Eric Clapton, Eric Burdon, John Mayall, B.B. King, Van Morrison, Stevie Winwood e clips de Muddy Waters, John Lennon, Rolling Stones, etc. Sim, ainda há vida inteligente na TV.
Acabo de ver no Fantástico, que Julia Roberts estudou jornalismo. Bem, ainda há esperança para o autor deste blog mudar de carreira e virar um Robert De Niro, um Al Pacino.Tá bom, vale um Jack Black ou um Woody Allen. A matéria foi editada pelo grande Paulo Vinhas, antigo companheiro dos filés de brontossauro que comíamos num boteco na Francisco Morato.
Nuno Ramos tem obra atacada na Bienal. O torcedor do Santos jogava bem no Equipe.
Renata Cafardo, filha do grande jornalista Pedro, virou repórter do Fantástico. Uma das nossas focas do Canal 21 subiu na vida. No ano passado, descobriu o escândalo do vazamento das provas do Enem.
O povo não esquece - Netinho bateu em mulher. Por isso, Hora da Abobrinha prefere dar uma segunda chance ao ex-cantor do Negritude Júnior. Se ele bater na Dilma e na Marta Suplicy, terá o meu voto.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nos anais do jornalismo

Ao contrário do Jornal do Brasil em papel, a Hora da Abobrinha continua mais viva do que nunca. Apenas houve um interegno por causa do intenso trabalho que tive na semana passada, na assessoria de imprensa do Troféu Brasil/Caixa de Atletismo. Como agora estou (infelizmente) com tempo livre em abundância, posso voltar a postar neste blog que já entrou para os anais do jornalismo retoinvestigativo mundial.
Nos últimos dias, pude vivenciar cenas curiosas como uma criança e um adulto jogando tênis num paredão na Marginal Pinheiros, perto da Ponte do Jaguaré. Ou um corredor levando um tombaço numa corrida do Troféu Brasil, se levantando e ainda chegando à frente de dois adversários. Uma marcha atlética de 20km para homens disputada sob rocks clássicos. Imagine a cena de atletas rebolando ao som de Black Sabbath, Van Halen e Pearl Jam.
Também me chamaram a atenção o improviso e a falta de cuidados com o  Atletismo num país que vai sediar uma Olimpíada. Nenhum dirigente importante como o Nuzman ou o ministro dos Esportes apareceram no Centro Olímpico do Ibirapuera. O secretário municipal de Esportes, um famoso anônimo, participou da cerimônia de abertura e entregou medalhas como se fosse um funcionário chegando à firma para bater cartão.
Fiquei impressionado com o carinho e a atenção dos atletas tops ou não, com a imprensa. Nada de assessor barrando ou atrapalhando as entrevistas. Nada de estrelismo. Dá para imaginar Maurren Maggi, Fabiana Murer, Vanderlei Cordeiro de Lima e o Jadel Gregório no meio da galera, tirando fotos, conversando com os amigos ou fãs como se fosse uma coisa normal, e é? No futebol de hoje, por exemplo, é impossível.
Acompanhei a prova do salto com vara masculino, que teve dois recordes e é bacana ver os competidores de clubes rivais trocando informações ou torcendo um para o outro.
Conheci a mulher mais rápida do Brasil na atualidade. A bela cearense Ana Claudia Lemos esbanja humildade e simpatia. Fala um português correto e, apesar da cobrança da mídia, tem a exata noção de que ainda está longe dos objetivos de carreira. Sem se afobar, ela espera atingir o auge na Olimpíada de 2016, no Rio, daqui a 6 anos!
Outro ponto que foi legal foi reencontrar velhos amigos de profissão, além de acompanhar os da nova geração. Pena que só foram cinco dias de trabalho, a maioria sob frio de Olimpíada de Inverno, e indo trabalhar de bicicleta em dois deles.
Enquanto a BBC, a CNN, a Al-Jazeera, o Diário de Xanxerê, a Globo, a RIT Notícias, o BandNews e Rádio Camanducaia não me chamam, o jeito é relaxar. 33km de bicicleta, futiba, etc.
Dica - bolinhos de abóbora ou de mandioca com carne seca do Pé pra Fora, tradicional ponto de bebuns da Av. Pompeia. Mas, atenção: se for pedir uma porção mista, pode dar tilt no garçom. É que, mesmo tendo separados os bolinhos de abóbora ou de mandioca, pode não ter a mistura. Pelo menos na cabeça do bravo servidor deste nobre comércio.

domingo, 12 de setembro de 2010

15 filmes em 15 minutos

O meu amigo Sérgio Bomfim me lançou um segundo desafio que, pra mim, é um prazer. O primeiro foi sobre os 15 álbuns favoritos. Agora, são os 15 filmes. Como na lista anterior, vou extrapolar o limite.

Vamos lá:
1 - Era uma vez na América - Sérgio Leone
2 - Os Imperdoáveis - Clint Eastwood
3 - Dr. Fantástico - Kubrick
4 - 2001...- Kubrick
5 - Hitchcock - todos - fica valendo como caixa de cerveja em supermercado que o caixa passa como sendo um volume só.
6 - Woody Allen - todos (até nos filmes ruins ele é bom).
7 - Monty Python - todos
8 - Jovem Frankestein - Mel Brooks
9 - Banzé no Oeste - Mel Brooks
10 - Uma Noite na Ópera - Irmãos Marx
11 - Indiana Jones - o primeiro
12 - De Volta ao Futuro - Zemeckis - a trilogia - vale a história do supermercado
13 - Tubarão/Encurralado/ET/Lista de Schindler/Parque da Juraci - Spielberg filmando minha vida no banheiro vira obra-prima.
14 - Procurando Nemo
15 - Poderoso Chefão - todos (até o terceiro, que o mais fraquinho vale pelo tal de Al Pacino).

Agora gostaria de acrescentar os James Bond com o Sean Connery, Central do Brasil, Tropa de Elite, Tarantino do Pulp Fiction, Jack Brown e Cães de Aluguel, Fitzcarraldo, O Enigma de Kaspar Hauser (sempre me vejo com o diploma da USP na mão como se fosse o Kaspar na praça da vila onde é deixado), Era uma vez um verão, Branca de Neve e os 7 Anões, O Mágico de Oz, Cantando na Chuva, Toy Story, Cliente Morto não paga (aliás, quase tudo do Steve Martin), Crepúsculo dos Deuses (qualquer coisa do Billy Wilder), Crônica de um Amor Louco, Betty Blue, Themroc, Easy Rider, O Professor Aloprado com o Jerry Lewis, Operação França, Um Estranho no Ninho, O Iluminado, Família Adams, o filme sobre a final de 77 (Corinthians Campeão, é claro), O Selvagem da Motocicleta, Apocalypse Now, Spartacus, Ben Hur, Homem Aranha, Batman Begins e o Batman que tem a Michelle Pfeiffer de Mulher-Gato, Matrix, Era do Gelo, Forrest Gump,  Submarino Amarelo, Zabriskie Point, quase tudo do Fellini, quase tudo do Pasolini, quase tudo da Famiglia Mancini...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sexta-feira, 10 de setembro - Feriado Individual


Esta é uma das fotos que tirei neste dia 10 de setembro, feriado individual do Dia do Jornalista Ciclista com Joelho Esquerdo Dolorido. Mesmo neste estado, pude pedalar 49 km pelos rincões de Saúde, Moema, Vila Olimpia, Berrini, Real Parque, Morumbi (alô Band, estive aí hoje), Butantã, Cidade Universitária, Jóquei, Parque do Povo, de novo Vila Olimpia, Moema, Planalto Paulista e finalmente Saúde, já que só o Iron Man é o Homem de Ferro.
Voltando a foto. Apesar de ter passado inúmeras vezes por uma travessinha entre a Clodomiro Amazonas e a Al. Ribeirão Claro, nunca tinha parado por lá. Aí vi o passarinho em cima do galho e capturei a imagem. À noite, quando postei no Facebook, a minha amiga Sandra Brogioni observou que a nuvem estava em forma de coração. Pô, melhor do que isso só o Mário Quintana ou o Drummond. Gostei.
Uma outra surpresa agradável foi ver que a USP está cada vez mais bonita. Melhor que isso, foi entrar no novo bloco do Departamento de Rádio, TV e Cinema da Escola de Comunicações e Artes e notar que, se a minha saudosa turma de 79/82 tivesse as mesmas condições de equipamentos, salas, estúdios e computadores, no mínimo, teria revelado uns 10 Orson Wells, uns 5 Kubrick e uns 2 Spielberg. Tá muito bonitinho, organizado, longe da precariedade dos tempos do prédio da antiga Reitoria. Gostei.
Vi hoje o golaço do Loco Abreu que deu a vitória do Botafogo sobre o Santos, no Pacaembu. Como não vi o jogo todo, não posso dizer se o Joel Santana é deficiente visual ou burro de não colocar o uruguaio como titular. Quanto ao gol, certamente, é digno de retrospectiva do ano. Gostei.
O melhor do dia foi ao chegar em casa e ver que tenho trabalho garantido por alguns dias da semana que vem. Voltarei à minha praia, a do Esporte Esportivo. Trabalharei na  cobertura do Troféu Brasil Caixa de Atletismo, que começa na tarde de quarta-feira, no recém-reformado Centro Olímpico da Pedro de Toledo, no Ibirapuera.
P.S. - Estou reformando diariamente o blog. Se alguém achar que o modelito que adotei está feio, confuso, ruim de ler e coisas do gênero, por favor comente. Desde já agradeço a colaboração.

Lista à moda do Sergio Bomfim

As regras: Não demore muito para pensar sobre isso. Quinze álbuns que você ouviu que vão sempre estar com você. Liste os primeiros quinze que você lembra em não mais do que quinze minutos. Eles não tem que estar em ordem de importância. Marque quinze amigos, incluindo eu, porque eu estou interessado em ver quais álbuns meus amigos escolheram. 
Aí vai a minha lista. 
1-  -  Led Zeppelin - que tem Heartbreaker, Moby Dick, Whole lotta Love...
2 -  Beatles - Rubber Soul
3 -  Beatles - Sargent Pepper...
4 -  Beatles - Revolver
5 -  Jeff Beck - ao vivo com Jan Hammer - Freeway Jam, She´s a woman, etc
6 -  Hendrix - Band of Gypsis
7 -  Gil - Refazenda
8 -  Chico - Meu Caro Amigo
9 -  Stanley Clark - School Days
10 - Weather Report - Heavy Weather
11 - Blues Brothers - a trilha do filme
12 - Vanishing Point - a trilha do filme de 71
13 - Derek and The Dominos - Layla
14 - Milton Nascimento - até ele lendo a lista telefônica
15 - Elis Regina - vale o item anterior

Faltam Doors, Rolling Stones, B.B. King, Zappa, Caetano, Sinatra,  Ramones, Beach Boys, Jack Johnson, Gal, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Blitz, Fagner, Vandré, Steppenwolf, Pearl Jam, Nirvana, BTO, Duke Ellington, Miles, The Who, João Gilberto (Amoroso), Mahavishnu Orchestra, Iron Butterfly (in-a-gadda-a-vida), Yes, Stanley Jordan (o primeiro), Focus (Hocus Pocus e o que tem Russian Roulette, de 85), Gentle Giant, Police (quase tudo), Dire Straits (o do violão na capa), John Pizzarelli, Mutantes, Rita Lee, Stray Cats, Chick Corea Eletric Band, Dave Weckl, qualquer coisa do Pastorius, Santana, Credence, Janis, Paralamas, Titãs, Paulinho da Viola, Monsueto, Candeia, Cartola, Noel, Tom, Status Quo, Premê, Joelho de Porco, Simon & Garfunkel, Bob Dylan, Nara Leão, Marisa Monte, Marina, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Chet Baker, a trilha de Taxi Driver, a trilha de Pulp Fiction, Help, Hard Days Night, Magical Mistery Tour, Let it Be, Abbey Road, Imagine, Django Reinhardt, Sidney Bechet, Cream, Roy Orbison, Elvis, Roberto Carlos na fase Jovem Guarda, Toninho Horta, Beto Guedes (Página do Relâmpago...), Skank, Jeff Healey, Ray Charles, James Brown, Jerry Lee Lewis, Stevie Ray Vaughan, Allman Brothers, Emerson, Lake & Palmer, Stevie Wonder...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hora do Espanto

Acabo de ver as estatísticas deste humilde blog. Estou boquiaberto. Espantado. Surpreso. Por isso, resolvi compartilhar algumas informações.
Primeira: o alcance é internacional.  Não são apenas os leitores que vivem no Brasil que ofereceram parte do precioso tempo de navegação na internet  para dar uma sapeada na Hora da Abobrinha. Descobri que já fui visitado por internautas dos EUA, Alemanha, França, Canadá, Israel, Austrália, Irlanda (que se for quem conheço, já voltou  para o Brasil e aí perdi alguém para me confrontar com Joyce, T.S. Elliot e Guiness, a cerveja) e até de Portugal, que deve ter tido problemas com o idioma.
Segunda: estou caindo nas pesquisas feito Serra. A Hora da Abobrinha começou tímida em maio e foi bem até julho. Hoje, anda despencando. 
Terceira: preciso que meus fieis 10 seguidores ampliem a rede dos clicadores para que não fique deprimido, use artifícios como fotos de mulheres nuas, notícias falsas e até compra de leitores.
Quarta: a Hora da Abobrinha ainda é deficitária ou não gera receita nem de bolo. Não me façam ir de casa em casa para entregar currículos, oferecer o meu corpinho para propostas indecentes ou ser obrigado a trabalhar em redações com elementos piores do que o Valdemort. Nem cito os salários de envergonhar refugiados do Sudão. A HORA DA ABOBRINHA É UM ESPAÇO SÉRIO. Sério?

jimi hendrix - dolly dagger

Independência

Terça-feira, feriado nacional. Felizmente, não preciso acordar cedo para desfilar no 7 de Setembro, como muitas vezes fiz durante o 1º grau. E com chuva, como acontece neste dia de 2010.
Se de um lado, lamento que a seca foi embora  da cidade (teve até alagamentos), por outro, precisei voltar mais cedo da praia (não combina com frio).  Peguei congestionamentos, neblina e malucos que colocam a vida dos outros em perigo com manobras de pilotos japoneses da F-1.
Bem melhor foi a notícia que recebi hoje, véspera do Ano Novo Judaico: um frila na área de esportes.
Mais detalhes lá pra frente...
Palmirinha no CQC - momento histórico da TV. Valeu a segunda-feira, que ainda teve a aula do Federer no US Open.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Primeiro dia de uma nova vida

Meus  queridos seguidores (e meus futuros seguidores):
O dia está lindo. O pôr-do-Sol em SP foi espetacular. Está quente e seco. Espero que o inverno não venha nos incomodar na primavera e nem que o verão afogue o mundo.
Alguns amigos do FB já reclamaram do tom de lamúrias de todas as vezes que estou ocioso, inútil, com tempo livre em abundância, com a carteira de trabalho de bobeira, à procura de oportunidades, enfim, desempregado pôrra. Não sei porque tenho que ser Poliana, 100 %  otimista, achar que o mundo é lindo, a vida é só felicidade, que a Dilma (o Serra, a Marina até os malucos do PCdoB, do PSOL, do PSTU) vai transformar o Brasil numa potência, num país desenvolvido, que tudo é só felicidade. No dia que passar por SP e não encontrar morador de rua, lixo, crack e outras coisas degradantes, vou acreditar em promessa de político. Por exemplo, preferia que o Corinthians gastasse a grana que vai investir no estádio em atacantes decentes. Eu, com os joelhos arrebentados e uma hérnia de disco, garanto que jogo mais do que o Souza.
Ter uma atitude positiva, ok. Eu sou o primeiro a querer sair dessa situação. Desejaria, por exemplo, viver do que escrevo na Hora da Abobrinha. Me aborrece saber que meu próximo trabalho é passar roupa. Ou arrumar a bicicleta. Pendurar roupas no varal. Lavar a louça e assim por diante.
Quando voltei recentemente a uma TV, achei que chegaria defasado, obsoleto e vi que estava enormente enganado. Caras da minha idade fora do mercado é como descartar ouro, como faziam as tribos pré-colombianas. Não dar valor à minha geração (não falo por mim, que deixei de ser modesto faz tempo, de tanto levar puxada de tapete de "modestos", de " santinhos") e superestimar recém-formados, estagiários ou gente que tem pouca experiência, é um desperdício de inteligência, algo que as faculdades não ensinam e não é fácil de se achar por aí.
Com certeza, receberei propostas que pedem uma qualificação absurda (saber todos os programas de informática, mesmo aqueles que não tem função jornalística como Excel, Adobe, Photoshop - não sou designer ou diagramador; dominar o mandarim, o inglês, o espanhol, o quechua...) e pagam uma merreca de envergonhar diarista. Há os casos dos sites de empregos, que oferecem aos homens a função de apresentadora. Ou trabalhos no interior que não cobrem nem o transporte para se deslocar à cidade necessitada.
Bem, vou tentar ser otimista. Beno Poliana 2010.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sem trabalho nos cem anos do Corinthians

É estranho para os corinthianos torcerem para aquele time da camisa de marcador de texto vencer o Fluminense no dia em que se comemora o centenário do Timão.
É bonito ver mulheres, crianças, jovens e até o autor da Hora da Abobrinha vestidos com  o manto sagrado em suas várias fases de patrocinador, circulando pela cidade.
É emocionante pedalar pelo Viaduto do Chá vendo a massa acompanhar a festa da virada do centenário.
É muito bom comer bolinhos de falafel, coalhada seca e humus num restaurante árabe no Bom Retiro.
É delicioso tomar um mate com tamarindo no Rei do Mate da São João depois do último expediente como colaborador do RIT Notícias.
É estranho saber que vou começar uma quinta-feira sem absolutamente nada para fazer e aí precisar criar uma agenda de tarefas.
É hilariante ver a inveja dos outros torcedores em relação às comemorações corinthianas, entre elas, a da construção do estádio que poderá abrir a Copa.
É legal saber que algumas pessoas gostaram de mim no último trabalho. Talvez reste a esperança de voltar.
Bem, o segundo tempo ainda não começou. Vamos parmera ajudar o Timão a recuperar a liderança.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Humildade Relativa do Ar

O clima em São Paulo anda  tão seco que o único vento que rola é de pum.
Na quarta-feira, presenciei uma cena de filme. 4 bandidos que fugiam de um assalto entraram num ônibus na Avenida São João. Para azar deles, a polícia, que fazia uma operação contra o comércio de peças roubadas de motos,  chegou rapidamente ao banco. Até veio um helicóptero, que  ficou sobrevoando o ônibus numa baixíssima altitude. Felizmente, os criminosos foram rendidos e ninguém saiu ferido.
Hoje é sexta-feira, dia 27 de agosto, aniversário de cinquentinha do meu amigo de faculdade, Márcio Ferrari (desculpe entregar a idade). Daqui a dois meses, será a minha vez. O último ano do Baby Boom (1960) comemora meio Corinthians (no sentido etário) em 2010. A festa vem sendo acompanhada de seriado (Men in Certain Age, na Warner), com presidente americano (Obama é um dos nossos) e , como pedalo diariamente, uma geração saúde. São cinquentões com jeito de adolescentes. Malham, correm maratonas e tentam no final de tudo, rejuvenescer para chegar com qualidade aos últimos anos de vida. Quem sabe garantir uma vaga na ala dos não-fumantes dos cemitérios. São os preocupados com médicos, remédios, exames, com uma possível Alzheimer, incomodados com a barriga, com o excesso de peso, com a celulite, os pés de galinha e por aí vai. No meu caso, hipocondríaco de natureza e médico amador a ponto de até adivinhar ( e acertar) o que os colegas profissionais vão receitar aos amigos, a coisa tem dado certo. Em  menos de 2 anos, perdi uns 15kg, tenho uma disposição para ir e voltar do trabalho de bicicleta, subindo ladeiras como se fossem terrenos planos e até melhorei de uma incômoda dor provocada por hérnia de disco que um açougueiro, digo um cirurgião queria operar.
Esta semana, parecia que uma nuvem negra me acompanhava. Abri o supercílio direito e entortei os óculos ao bater com tudo numa porta de vidro, que não tinha a mínima indicação de que estava fechada. Sangrei mais do que mulher naqueles dias. E ainda ouvi as gozações dos colegas, que felizmente não presenciaram a cena de comédia pastelão.
Não foi só isso: quando chegava em casa, o pneu da bicicleta furou. Lei de Murphy, fazer o quê.
Pior aconteceu com um senhor de idade, que na quinta-feira, procurava desesperadamente por um pacote de fraldas perdido na Avenida Jabaquara. Pensamos - o que leva alguém a roubar um pacote de fraldas de um velhinho? É como levar a mamadeira de um bebê, a bengala de um deficiente visual, um pneu de bicicleta,  um pé de sapato. Crime hediondo.
Liberaram a sátira de políticos, mas a melhor notícia foi o presente de aniversário daquele time da periferia do Bar do Alemão. 3 gols do lanterna Atlético-GO.
Aliás, quem sofreu a pior derrota da semana - O Corinthians, que continua mal fora de casa, mas tem gordura (ronaldo) suficiente para ficar longe do 3º colocado? O time da periferia da Giovanni Gronchi, que empatou em casa com o Vasco e está em crise, quase na zona de rebaixamento? A ridícula equipe do Felipão, que deve estar se arrependendo de ter deixado o campeão do Uzbesquistão? Ou os caiçaras, que ganharam bonito do Grêmio no Olímpico, mas perderam o craque Ganso???

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais cenas paulistanas

Pare, ore e siga -  está lá no drive-thru da oração, Domingos de Morais perto de um dos piores cruzamentos da cidade, aquele do supermercado Pastorinho, que demora minutos que parecessem horas. O drive-thru, invenção americana que já tinha visto em bancos e lanchonetes, chegou aos domínios da fé. Edir Macedo deveria ser estudado nos cursos de marketing.
No domingo, pedalei no Minhocão cheio de fotógrafos orientais. Curiosamente,  eles (elas eram a maioria) apontavam as câmeras para baixo do elevado ou para ruas que, sinceramente, me pareciam comuns. Fora o Castelinho da rua Apa, que juntou quatro fotógrafos, não compreendi o que eles miravam. Apenas um fotógrafo não-oriental me chamou a atenção para um prédio de cor forte (vinho, framboesa, rosa, pink), que certamente estarei fotografando na próxima vez. Bem mais para frente, senti um aroma do campo (do polígono da maconha) emanado de um rapaz, que passeava com um amigo e uma menina linda (filha dele? Do amigo?). Que cena mais familiar!
De resto, as cenas de sempre pelo Centro - o saxofonista da esquina da Benjamin Constant com a rua Direita.
Desço a motofaixa da Vergueiro, rezando para não ser atingido por uma moto, por um pedestre desatento, um saco de lixo esparramado por esta que é uma das ruas mais sujas da cidade. Até aí tudo normal. O que me deixa revoltado mesmo é a ignorância de certos motoristas. Um, que invadiu a faixa, que é sinalizada, tem monitor da CET com bandeirinha, e mesmo assim, invade a motofaixa. O outro foi um fdp de um motoboy, que fez questão de me fechar a passagem. De sacanagem mesmo.
Segunda-feira, fui e voltei do trabalho de bicicleta. Secura na boca. Secura no ar. Poluição. Pedalando no calçadão me sinto no Vietnã ou em Beijing tamanha a multidão surda e cega, que não ouve o ciclista buzinar ou assoviar, nem vê o modelito "Papai, cheguei de Marte". Felizmente, não acertei nenhum pedestre. Aliás, estou para entender porque as pessoas gostam de usar as guias rebaixadas para atravessar as ruas. Elas usam rodinhas nos pés?
Mudando completamente de assunto para não pensarem que sou neurótico, maluco ou qualquer coisa parecida (longe disso, sou mesmo neurótico, maluco e coisa parecida), fiquei embasbacado com o brinquedinho que o Rodrigo Alvarez testou na Califórnia especialmente para o Fantástico. Um jet sky com carenagem imitando um tubarão e com uma cabine de submergível. Coisa de Xmen, de Johnny Quest, de ficção científica. Quero um pra mim! Só sei que mergulhar  com um deles no Tietê não vai dar certo. A vista deve ser, literalmente, uma merda.

domingo, 22 de agosto de 2010

Guerra Civil

Meus queridos 7 seguidores deste blog (estou em campanha para aumentar o número):
A Rocinha, o Heliópolis, Paraisópolis, Real Parque, Complexo do Alemão, Favela Naval, Alba, Rua Mauro, etc são as nossas Faixas de Gaza. O que aconteceu neste sábado no Rio, o tiroteio e a invasão do Hotel Intercontinental são sintomas da guerra civil que vivemos. Não há Bolsa-Família nem Bope que dê conta disso. Quando vejo que Dilma é favoritíssima a ganhar no 1º turno da eleição presidencial, ficou assustado. Nem tanto pela candidata (um poste indicado pelo Lula seria eleito), mas pelas (más) companhias: PMDB, Sarney, Collor, Pallocci e por aí vai. Com esta turma, não há condições de qualquer tipo de ruptura. Vamos continuar um país campeão em desigualdades. Os outros candidatos também não me empolgam. O Serra caminha para encerrar uma brilhante biografia como presidenciável derrotado. A Marina é emblemática como o Lula, tem boas ideias, mas deveria ter buscado o governo do Acre ou o Senado. Plínio e os outros nanicos são piadas. O único que poderia ter mudado a face da eleição era o Ciro Gomes. Pra começar, teríamos um upgrade de primeira-dama. Segundo, o cara é escorpiano, maluco como eu  e por isso, imprevisível. Terceiro, é competente, fora a cagada de ter sido ministro do Lula. Acho que será a melhor alternativa daqui a 4 anos, quando o PT estará desgastado pelos 3 mandatos seguidos, o PSDB tentará se recuperar com o Aécio e PMDB/DEM, bem,  vão apoiar qualquer coisa que os mantenha no poder.
De qualquer forma, se alguém souber como consigo a nacionalidade lituana ou letão, me avise. Nem sei se tenho 0,000001% de chance, mas que ia ser legal ter um passaporte comunitário, seria mesmo. Com certeza, estacionaria a minha magrela num poste de Amsterdã.

sábado, 21 de agosto de 2010

Andando nas ruas do Centro

Faltam menos de duas semanas para voltar a uma rotina que pensei que encerraria este mês. De novo, vou precisar mandar currículos, implorar trabalhos, etc.
Enquanto isso, aproveito meus últimos dias de trabalho na RIT Notícias para  flanar nas ruas do Centro.
O título desta postagem deve ser cantado com o sotaque falso argentino do Próspero, grande figura de uma inesquecível e subestimada banda paulistana chamada Joelho de Porco.
Nesta sexta-feira ensolarada e seca (a tarde mais seca do ano, umidade relativa do ar nos 18%, rinite acelerada, ar condicionado no máximo em cima da minha cabeça e depois, Beno é isso, Beno é aquilo, Beno tem que ser um cordeirinho, engolir todos os sapos, cala-te boca Beno!), andei pela imunda av. São João, que nem com os caminhões-pipas da prefeitura, consegue ficar limpa. Mas eu gosto dela assim mesmo.
Os malucos vendem pulseirinhas. A Galeria do Rock ferve. Do outro lado, uma pequena portinha comercializa tudo (quase tudo, acho que não vende kaya por lá) que diz respeito ao reggae. Em cima da Casa da Mortadela, sobrevive a academia de halterofilismo. Uma vez, cismei de me matricular numa aula de Karatê. Não me lembro porque desisti.
Na frente, o Rei do Mate, matriz de uma franquia copiada à beça, mas que é imbatível.
O Bar Avenida não existe mais. Nem o pernil que tantas vezes matou minha fome da madrugada.
O Bar Brahma virou coisa de grã-fino. Um nojo. Seguranças, cercadinhos e adeus ao tempo que qualquer um entrava lá para tomar chope rapidinho.
O trânsito na avenida é caótico. Precisa ser muito esperto para não avançar na contramão. Os pedestres, bem os pedestres, danem-se os pedestres.
Multicultural, é possível passar por uma família de latinos (bolivianos? peruanos? Nem o Chávez sabe a diferença) e por magotes de nigerianos, que passam horas nos bares e sabe como sobrevivem. Tráfico? Maldade, preconceito. Porém, como podem trabalhar por aqui se falam dialetos ?
Um espetáculo à parte é o desfile de travestis e putas. Fellini teria dificuldade para escolher os figurantes.
Hoje, passou um candidato num estranho veículo, que parecia uma carreta puxada por um triciclo, transportando um helicóptero fake ! No som, Maluco Beleza, do Raul. Em seguida, outro triciclo extended.
Saio à noite, entre as várias propriedades do pastor R. R. Soares, um centro de umbanda, que passo no exato momento que baixa o santo.
Vejo o saudoso Cine Metro, onde fui barrado com uma ex-namorada no filme Sequestro do Metrô, por ela não ter 14 anos. A película estrelada por Robert Shaw, o caçador de tubarões do filmão do Spielberg, não tem absolutamente nada censurável. Um zelador que mata alunas de uma escola no Paraná ou um pai que joga a filha de uma sacada são mostrados em rede nacional. Hoje, o cinema virou teatro do pastor. Em volta, vendedores de churrasquinhos, de bijuterias, de qualquer coisa.
Passo no Largo do Paiçandu e um homem dorme enrolado num cobertor.
Em frente ao Anhangabaú, uma roda de samba celebra a alegria do fim do expediente. O meu também terminou. Vou dormir.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Horário eleitoral - Eleja Hora da Abobrinha para ser seu blog

Sempre pensei que as ondas de frio iam embora logo de São Paulo para poder me deixar pedalar. Parece que agora são permanentes. O vento gelado não me anima muito a praticar exercícios ao ar livre. Exceto, andar até o metrô e do metrô pro trabalho.
No caminho desta terça-feira de sol indeciso em aparecer, vi uma cena curiosa naquela esquina da avenida Ipiranga com a São João (a música do Caetano virou tão clichê que mudo de estação para não ouvi-la mais): oito garotas com a propaganda de um candidato pendurada como as dos homens-sanduíches da 24 de Maio, da Barão de Itapetininga. O sinal fecha para os carros. Elas se dividem. Quatro numa das três faixas da Ipiranga e as outras quatro nas outras 3 faixas. Ficam de costas para os motoristas para que eles vejam a foto do candidato. O sinal abre. Descansam e começam tudo de novo. Uma simpática jogada de marketing.
Começou o horário de propaganda gratuita (e o tal do fundo partidário bem que podia pagá-la) no rádio e na TV. Conforme o Estadão de domingo (15/8) havia avisado, vi o Serra numa favela fake, cercado de povo fake, como se fosse popular. Não ouvi o que disse. Não me interessa. Vale para os outros candidatos. Em casa, no horário do rádio, ouço música. Na TV, vou para os canais a cabo que não precisam cumprir a exigência da lei. É a grande (e talvez) única vantagem da TV a cabo. Além de escaparmos do horário eleitoral, nos livramos das mensagens do presidente, dos ministros (já teve até o da Pesca em rede nacional!!!) e de qualquer outra autoridade.
Por isso, recomendo como alternativa, a leitura da Hora da Abobrinha. Faça deste blog o seu blog. Prometo entregar doses diárias de ironia, sarcasmo e humor (e mau humor) para o seu deleite. Amanhã tem mais.

Noite de TV na segunda-feira

Sou noveleiro de dois capítulos - o primeiro e o último. O suficiente para apresentar e encerrar uma novela. Sou mais eclético. O poder do controle remoto e as opções da TV a cabo ajudam muito. Sem falar do youtube. Porém, nesta segunda-feira, dia 16 de agosto de 2010, data que alguns colegas assopram velhinhas (Jorge Grinspum, Silvio Lancellotti, Mané Valença, Celso Teixeira), preferi assistir os canais abertos. Um deles, a TV Cultura que o Sayad quer acabar apresentou um Roda Viva delicioso com o escritor Moacyr Scliar. Como eu, ele não é um defensor fanático de Israel, especialmente das políticas estúpidas dos governos conservadores pós-Rabin. Gostei dos conselhos a quem quer ser escritor. Entre eles, ler muito e o que gosta, publicar o que escrever e o que achar ruim, deletar e como treino, fazer um blog. Também falou da mãe judia. A dele particularmente nunca o deixou passar fome...
O programa foi tão bom que teve gosto de quero mais.
Fim do Roda Viva, fui para o Ronnie Von, que falou dos 33 anos da morte de Elvis Presley. Outro papo gostoso.
Rapidinho fui pro CQC e dei sorte de pegar o Top Five. Briga entre jornalista e político no Amapá, Maísa acusando o colega de soltar um pum no palco, Ferreira Gullar acabando com toda a conversa fiada de uma repórter da Band, que não entendeu uma versão que virou música do Fagner e a campeã da semana, a Vanusa, que errou a letra de uma música e emendou com outra para desespero da banda que a acompanhava.
Tudo isso me fez perder dois seriados que adoro, o Chuck e o Californication. Mas não se pode querer tudo, não é mesmo?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Domingo de plantão

Depois de quase um ano e cinco meses, voltei a fazer plantão numa TV.  Coisa que a maioria dos colegas odeia fazer e que neste final de semana, encarei com alegria de novato em redação. E olha que de sexta para sábado, dormi quase nada. No sábado, completei a terceira semana consecutiva sem jogar futebol, e a tarde de domingo (15/8/2010) foi a mais fria do ano. Pinguim estava procurando lareira.
Também voltei a tirar fotos, o que não fazia há uma semana. Fotografei alguns prédios do entorno da RIT (Rede Internacional de Televisão), onde trabalho temporariamente. São edifícios da alameda Barão de Limeira e da rua Vitória, na chamada Boca do Lixo. Construções belíssimas que fizeram da região uma das mais disputadas pela burguesia paulistana antes dela se deslocar para os Jardins e a região da Paulista. Hoje, estão abandonadas e só não se encontram em situação pior, porque as fachadas, originais ou não, estão livres de propaganda e podem ser admiradas pelos fãs da charmosa arquitetura do Centro de São Paulo.
É claro, que o lixo e a fauna do pedaço tiram o brilho. Bem perto dali tem o Andraus, local de tenebroso e marcante incêndio. Hoje, passa desapercebido para quem tem menos de 40 anos.
Nestes dias de trabalho, tenho olhado com água na boca para talvez o único carrinho da cidade especializado numa das minhas iguarias favoritas - o pudim de leite. Geralmente, acaba rápido. Uma mulher de uns 25, 30 anos no máximo, traz o pudim dentro de uma forma de alumínio e vai cortando as fatias à medida que vai vendendo. Cada uma custa uma mixaria - R$ 2. Ainda vou experimentar...
Na esquina da Avenida São João com o Largo do Paiçandu, tem o famoso churrasco grego. Também, um dia, vou experimentar. Será a minha tentativa de suícidio gastronômico.
Neste domingo, vi o Filé do Morais, na rua Vitória em frente à Praça Júlio Mesquita, vazio em plena hora do almoço. Pudera, o famoso filé custa R$ 67, sem contar bebida, gorjeta, etc. Na sexta, passei de bicicleta pela filial da Alameda Santos, pouco antes de levar uma fechada de um taxista com acentuado problema de visão, incapaz de enxergar um ciclista com farolete alto, colorido feito índio em festa, descendo a ladeira no maior gás.
O frio abaixo dos 10º deveria ser proibido de circular nesta cidade por ordem da prefeitura, que  adora regular tudo (e faturar em cima de tudo).
Almocei hoje na velha padaria Palmeiras, da esquina da Albuquerque Lins com a General Olímpio da Silveira, acompanhado de dois colegas de trabalho, a Renata e o Anderson. No ato, lembrei dos cafés da manhã que tomava com a equipe do Bom Dia São Paulo, quando a Globo ocupava uma modesta e acanhada instalação em frente à Praça Marechal Deodoro. Aqui a Vênus era acinzentada. Tempos que chegava de madrugada e encontrava a Toninha, uma conhecidíssima moradora de rua (morreu?), brigando com trombadinhas ou exercitando o esfíncter sob o Minhocão. Houve uma madrugada que escapei de um tiroteio. Quase virei notícia.
A Globo mandava um café da manhã saudável para a redação. Sanduíches de salame ou de mortadela. Colesterol nas alturas.  O nutricionista e hipocondríaco autor da Hora da Abobrinha era o único que se levantava contra o cardápio das 5, 6 horas da madrugada. Depois do jornal sair do ar e da reunião de pauta, íamos para a padaria que fui hoje. Era uma época que os grandes jornalistas da Globo andavam nas ruas sem serem importunados por caçadores de autógrafos ou de fotos.
Uma vez, cruzei com o Hans Donner, que o porteiro não queria deixar entrar. Segurança é um capítulo para uma próxima postagem. Precisei explicar para a anta quem era o cara que ele estava barrando.
Naquela época, não tinha Instituto Somar ou Climatempo. Eu ia até a janela da redação para fazer a previsão do tempo. Modéstia à parte, errei raríssimas vezes.
Foi lá que conheci o Tony Ramos, a Cláudia Raia, o Ary Fontoura, o Armando Nogueira,  o Rogério Cardoso (Rolando Lero),  o Jornalista Roberto Marinho...Numa madrugada, apareceram Fátima Bernardes e William Bonner, que já conhecia da Band.
Editávamos em formatos de vídeo pré-históricos e escrevíamos as laudas em máquinas de escrever !!! E hoje, com tantos recursos, a molecada que sai das faculdades não sabe quem é Robert Zimmermann!