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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

São Silvestre 2010

Acabo de ver a brilhante vitória do tricampeão da São Silvestre, Marílson Gomes dos Santos, que conheci no último Troféu Brasil, em outubro. Cara humilde, gente boa, que fez o brasileiro terminar o ano mais feliz.
Horas antes, eu fiz a São Silvestre...de bicicleta. Moro na Saúde e fui à Paulista por um caminho fácil - a subida da Brigadeiro desde o Ibirapuera. O tempo estava gostoso e senti que a corrida seria rápida como aconteceu. Pude ver as figurinhas folclóricas. Equipe uniformizada de paraibanos. Argentinos com máscaras do Messi. E muitos, mais muitos policiais. Me senti o corredor daquele anúncio de Gatorade, escoltado e com a Paulista só pra mim. Só faltou a velhinha fechando a cara e as janelas.
Vi coisas que a TV não mostra - policiais retirando os moradores que vivem nos baixios do Minhocão e a péssima qualidade do asfalto do percurso, que pôe em risco a saúde dos atletas e é um cartão postal negativo para a prefeitura, que não sabe se preparar para uma corrida realizada há mais de 80 anos. Em 2011, a prova vai terminar no Ibirapuera. Boa chance de arrumar o asfalto da Brigadeiro, que é excelente para mountain bike e rali.

São Silvestre por volta das 14h de 31.12.2010

À espera de 2011

Escrevo aos 19 minutos de 31 de dezembro de 2010. Até há pouco, trabalhava no computador e vou confessar que estava feliz por isso. Há um ano, estava desempregado e deprimido com a situação. Hoje, só posso desejar um 2011 tão bom para todos quanto 2010 foi pra mim, principalmente, o segundo semestre.
31 de dezembro me lembra a Corrida de São Silvestre. Adorava quando era uma prova noturna. Os competidores passavam perto do saudoso Redondo, na frente do Teatro de Arena, e nós, com copos de bebida na mão, é claro, "incentivando" os atletas a pararem de correr e vir beber com a gente. Ríamos muito com a fauna que participava da Corrida. Era uma verdadeira festa popular para a cidade, que a Globo fudeu ao passar para a tarde e virar um programa de TV. Não se trata de saudosismo. É que pude comparar as duas situações. Talvez eu seja o último romântico...
Uma antiga chefe de redação da Record, hoje, fumando e contando fofoca no céu, me ferrou nesta época. Duas vezes. Na primeira, eu, na qualidade de editor de esportes, passei o 31 de dezembro para editar a corrida. Detalhe: as outras emissoras, exceto Globo e Gazeta, tem restrições de uso de imagens da prova propriamente dita. Então, o cinegrafista foi orientado para pegar a largada e a chegada. O resto seria perfumaria para encher a matéria. A fita (na época, era usado este objeto arqueológico) chegou à redação, com uma pecularidade: o Spielberg das imagens "esqueceu" de filmar o vencedor. São estes momentos que me fazem deixar a humildade de lado e ver que tenho alguma competência. Consegui salvar a obra. Terminado o jornal, num gesto raro da minha vida profissional, pedi que o cinegrafista fosse vender laranja na feira, astronauta ou ser cafetão, qualquer coisa que não precisasse usar uma caríssima câmera, que nas mãos dele não tinha serventia.  Minha chefe, maternalmente, botou a mão na cabecinha do elemento, que sequer foi advertido.
No ano seguinte, por justiça e uma regra não escrita e sagrada nas redações, folgaria no 31 de dezembro. Folgaria. A chefe, que Deus a tenha, que não era judia, mas era casada com um judeu, falou que eu, judeu como o marido, não comemorava a data e, por isso, trabalharia normalmente. Ah, ela também lembrou que aconteceria uma tradicional corrida de rua em São Paulo e que o editor de Esportes, por ser especialista no assunto e não havendo ninguém além dele para isso, seria o responsável pela edição. "Feliz" da vida de ter perdido a chance de desfrutar um réveillon longe de SP, relaxei e trabalhei. Outro cinegrafista foi incumbido de fazer a largada e a chegada.
Recebo a fita e tenho a desagradável surpresa do gênio das lentes ter acompanhado o segundo colocado, africano como o vencedor, achando que era o campeão da São Silvestre. E lá vou eu para a ilha de edição salvar a matéria. Depois do jornal, duplamente feliz por não ter folgado e ter ficado um pouco mais careca para resolver a bomba deixada pelo cinegrafista, reclamei para a chefia. Mais uma vez, nada aconteceu.
Ah, sim, fui incluído num corte coletivo de pessoal, em janeiro, sendo meus colegas e eu avisados da demissão por telefone, num domingo à noite!
Bem mais legal foi fazer de bicicleta o percurso da São Silvestre em 31 de dezembro de 2009, debaixo de sol, na hora do almoço. Boa parte ainda não tinha sido bloqueada ao trânsito, mas deu para perceber que todos que completam a prova são merecedores de aplausos. A subida da Brigadeiro é um castigo até para quem pedala. Lembro que ainda fui até o Parque Villa-Lobos e dei a grata sorte de começar o contato que levaria à compra de um apartamento na região pra minha família.
2010 foi bom demais pra mim, independente da falta de títulos pro Timão (bem, ganhamos no futsal, na F-Truck, na Musa de algum campeonato, no futebol de mesa, um novo estádio que vai abrir a Copa) e dos governos federal e estadual que vem por aí, com aumentos e novas sacanagens. Não podemos contar com eles. Por isso, abra o seu próprio caminho e invista na qualidade de vida. Tudo é consequência dos nossos atos ou da nossa inação. Cabe a você decidir se quer ou não ser feliz. Eu já me decidi: Feliz 2011 pra todos!


 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz 2037!

Feliz Natal, Feliz Ano Novo, Feliz Chanucá, Feliz Haj, Feliz Ramadã, Feliz Páscoa, Ótimo Carnaval, Maravilhoso Dia da Marmota, Grande Dia da Sogra, Orgasmástico Dia dos Namorados, Saudades dos Dias dos Pais e das Mães, Espetacular Solistício de Verão, Solene Sete de Setembro, Alegre Dia das Crianças e por aí vai.
                   Agradeço a todos, especialmente às pessoas que compartilharam o amor e a amizade, aos que me deram novas oportunidades de trabalho em 2010, aos que tentaram me dar novas oportunidades de trabalho que, de alguma forma, deram alguma força pra mim.
                   Depois de tantos anos de vacas magras, confesso que não esperava terminar 2010 tão bem. Com saúde, com uma ocupação legal que adoro (até levo pra casa a pesquisa que faço para CBAt - Obrigado Benê, Nunes e Maiara) e realizando a maioria das coisas que desejei ao longo do ano. Uma delas é este blog, uma ideia antiga que finalmente botei em prática.
              A postagem de hoje é dedicada ao amigo Sérgio Bogomoltz, ciclista como eu e que gostava do que escrevia aqui ou no Facebook. Ele foi embora mais cedo. Só nos resta pedir para que Deus o receba em paz e que a sua família, especialmente a Sueli e os filhos, tenham uma vida digna, longa e feliz como certamente desejaria o Sérgio.
Bjs pra todos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Considerações sobre a falta de presentes de Natal para um judeu

É engraçado ver como os locutores de TV falam os nomes estrangeiros, sempre puxando para o inglês. Nesta semana, o filho de uma amiga minha se viu no meio de uma tragédia: o incêndio que destruiu a mata do Monte Carmel, e de quebra, matou mais de 40 pessoas e acabou com o colégio onde estudava e morava, em Israel. Imagine você, chegar ao fim do semestre, com todos os seus trabalhos, com todas as suas coisas, seus documentos transformados em cinzas. Ele só saiu com a roupa do corpo e com o notebook (bela escolha, agora dá para comprar tudo pela internet, o problema é arrumar um cartão de crédito sem chamas). André já falou para o G1, à Record e ao SBT, que inovou ao pronunciar Waismann como UAISMAN. Faltou também dizer Ueisman quando o correto era Vaisman. É birra minha. Um grande correspondente brasileiro nos EUA, o Lucas Mendes, chama o Michael Jackson de Michael Jackson e não jécson. O Michael do Schumacher, que dizem ser alemão, é dito por muita gente como Maiquél. Por outras, me incluo no grupo, é Micael como há muito tempo, era chamado o nadador de sobrenome Gross, cujo apelido era Albatroz. Lembro que ninguém chamava o alemão de Maiquél.
Ah, continua esperando a minha opinião sobre o Brasileirão 2010? Continue esperando...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

É dezembro, os sinos bimbalam...

Na última sexta-feira, reencontrei velhos amigos do Grupo Educacional Equipe num bar da Vila Madalena, a inóspita Vila Madá, com seus estacionamentos a R$ 15 e suas cervejas long neck a preços de duas de 600 ml. Lá estavam as irmãs Lambert, a Marília Valença-Castelo Branco, a Teca, as irmãs Niobe e Selene, o grande Nei, o Sidão Cecchini (que lembrou as maldades que eu fazia com meu irmãozinho caçula, pura maldade), a Bia ruiva, o Gil organizador do nosso grupo no Facebook, a Lúcia Segall, o sr. Paulo Rapopó e o sr. Abel Fragata que, infelizmente, não trouxe a irmã Cássia a tiracolo. Valeu gente. Estou pronto para novos encontros.
Depois deste momento Maguila do Jornalismo Investigativo Persecutório, vamos às considerações sobre as últimas notícias do Esporte. Como, por exemplo, o fato espetacular de um jogador brasileiro de futebol de botão que marcou o milésimo gol dele (obviamente, num campo de futebol de botão). Foi em 77, 78, mas só agora, vendo os arquivos de A Gazeta Esportiva, tive contato com importante recorde. Também foi interessante ver a reportagem do primeiro dia de Sócrates no Corinthians, o anúncio da chegada do uruguaio Taborda (êta jogador ruim) ao Timão, a sequência das fotos do gol do Careca que deu o único título de campeão brasileiro ao hoje rebaixado Guarani, uma foto do Muricy cabeludo, do comentarista de basquete da Espn, o Agra, novinho e magro bem distante do robusto senhor dos tempos atuais...
Vi os anúncios dos filmes da década de 1970. Chanchadas do Lando Buzzanca! Infância Ultrajada com Linda Blair! As pornochanchadas brasileiras que, hoje, seriam filmes de sessão da tarde...
Domingo na Paulista: manifestação de hare krisnas acompanhando uma santa (?), uma deusa(?), que de longe parecia uma enorme Nossa Senhora Aparecida. Uma faixa ocupada e escolta de motoqueiros da polícia, que encontrei horas depois no Rei do Mate da São João (local obrigatório de peregrinação), dando amostras de estupidez explícita. Eles subiram na calçada, quase me atropelando e ainda assustando um pai que levava o filho pequeno no ombro. Era uma blitz? Um cerco? Nada disso. Apenas vários idiotas que desceram das motos para tomar alguma coisa no Rei do Mate.
Voltamos à Paulista. Itaú e Bradesco disputam as atenções para às tradicionais decorações de Natal. A prefeitura também investiu pesado num palco. O povo adora. Tem até Papai Noel com voz de Bing Crosby cantando aquele velho hit, o White Christmas.
De madrugada, um exemplo da incompetência do governo, qualquer governo, odeio governos. Fiquei sem luz bem na hora da entrevista do Keith Richards ao Fantástico. Também perdi a parte esportiva, que neste domingo, não fez a menor falta. Na tarde de segunda-feira, mais uma prova de que a privatização dos bancos se faz necessária. Por motivos de segurança, o segurança barrou uma velhinha como se ela fosse da Al Qaeda ou tivesse vindo especialmente do Complexo do Alemão para a Av. Paulista fantasiada de velhinha! A senhora mal tinha capacidade de andar. Não perdi a viagem. Disse que o pessoal que esperava entrar na agência, fazíamos parte da quadrilha da velhinha.Para evitar novos acessos de raiva, guardei minha mochila num armário e fui pra fila. Fila para a senha para ser atendido pelo caixa. Fila para o caixa. Mais de meia hora perdida. Saco todo o dinheiro da conta, merreca. Tudo para não voltar ao banco e tão cedo, torcendo para a velhinha sacar um fuzil e começar um dia de fúria.