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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais cenas paulistanas

Pare, ore e siga -  está lá no drive-thru da oração, Domingos de Morais perto de um dos piores cruzamentos da cidade, aquele do supermercado Pastorinho, que demora minutos que parecessem horas. O drive-thru, invenção americana que já tinha visto em bancos e lanchonetes, chegou aos domínios da fé. Edir Macedo deveria ser estudado nos cursos de marketing.
No domingo, pedalei no Minhocão cheio de fotógrafos orientais. Curiosamente,  eles (elas eram a maioria) apontavam as câmeras para baixo do elevado ou para ruas que, sinceramente, me pareciam comuns. Fora o Castelinho da rua Apa, que juntou quatro fotógrafos, não compreendi o que eles miravam. Apenas um fotógrafo não-oriental me chamou a atenção para um prédio de cor forte (vinho, framboesa, rosa, pink), que certamente estarei fotografando na próxima vez. Bem mais para frente, senti um aroma do campo (do polígono da maconha) emanado de um rapaz, que passeava com um amigo e uma menina linda (filha dele? Do amigo?). Que cena mais familiar!
De resto, as cenas de sempre pelo Centro - o saxofonista da esquina da Benjamin Constant com a rua Direita.
Desço a motofaixa da Vergueiro, rezando para não ser atingido por uma moto, por um pedestre desatento, um saco de lixo esparramado por esta que é uma das ruas mais sujas da cidade. Até aí tudo normal. O que me deixa revoltado mesmo é a ignorância de certos motoristas. Um, que invadiu a faixa, que é sinalizada, tem monitor da CET com bandeirinha, e mesmo assim, invade a motofaixa. O outro foi um fdp de um motoboy, que fez questão de me fechar a passagem. De sacanagem mesmo.
Segunda-feira, fui e voltei do trabalho de bicicleta. Secura na boca. Secura no ar. Poluição. Pedalando no calçadão me sinto no Vietnã ou em Beijing tamanha a multidão surda e cega, que não ouve o ciclista buzinar ou assoviar, nem vê o modelito "Papai, cheguei de Marte". Felizmente, não acertei nenhum pedestre. Aliás, estou para entender porque as pessoas gostam de usar as guias rebaixadas para atravessar as ruas. Elas usam rodinhas nos pés?
Mudando completamente de assunto para não pensarem que sou neurótico, maluco ou qualquer coisa parecida (longe disso, sou mesmo neurótico, maluco e coisa parecida), fiquei embasbacado com o brinquedinho que o Rodrigo Alvarez testou na Califórnia especialmente para o Fantástico. Um jet sky com carenagem imitando um tubarão e com uma cabine de submergível. Coisa de Xmen, de Johnny Quest, de ficção científica. Quero um pra mim! Só sei que mergulhar  com um deles no Tietê não vai dar certo. A vista deve ser, literalmente, uma merda.

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