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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Jornalista da reserva

Faltam pouco menos de dois meses para eu completar 51 anos.  Mesmo sem ter a idade necessária para tanto, já me sinto aposentado. São cinco meses na inativa, com duas pequenas interrupções. Uma, para um trabalho de uma semana numa revista corporativa, que antes que alguém pense que briguei com alguém e, por isso, fiquei pouco tempo, foi para cobrir férias; e a segunda, para apenas um dia, quando tive a experiência inédita de ser repórter de um piloto de TV corporativa.
Também passei por três entrevistas de emprego. A primeira, frustrante demais, foi para a rádio da Câmara de SP. Tudo certo para começar. No caminho para o primeiro dia, a menos de um quilômetro do edifício do Viaduto Dona Paulina,fui avisado que a vaga havia sido preenchida por uma pessoa que tinha um Q.I. maior do que o meu. O candidato tinha um vereador mais poderoso como padrinho.
A segunda foi decepcionante. Esperava realizar um sonho profissional, que era o de trabalhar na espn (é no diminutivo mesmo, por causa da situação que vivi) . Infelizmente, a preferência foi dada para um estagiário preferido pela chefe da redação formada comigo na mesma turma de faculdade. Meu currículo de anos de edição de esportes não serviu para nada.
Em relação à terceira oportunidade, estou mais otimista. Primeiro, porque não estava esperando ser chamado. Segunda, que ela me parece mais justa. Concorro com cerca de 20 candidatos em aparente igualdade de condições.E terceiro, se vier, vai coroar meus 30 anos na área de Comunicações, que quero completar em setembro, repetindo uma linguagem militar, na ativa.

Brian Setzer - Route 66 Live (rare video).avi

Eric Clapton, Chuck Berry & Keith Richards " WE WE HOURS "

Eric Clapton, Chuck Berry & Keith Richards " WE WE HOURS "

Jeff Beck - Stratus

The Rolling Stones - Get Up Stand Up (live Bob Marley/Peter Tosh cover)

Peter Tosh and Mick Jagger - Walk And Dont Look Back

ROLLING STONES ★ waiting on a friend

The Beatles First Video

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A volta das Criancinhas Pobres da Suécia

Em agosto de 1977, portanto, há 34 anos, foi lançado o meu primeiro e único livro. AS CRIANCINHAS POBRES DA SUÉCIA teve manhã de autógrafos no saguão do Grupo Educacional Equipe, na rua Martiniano de Carvalho. As ilustrações foram de Vivian Altman, colega de ginásio e de colégio, que hoje vive na Grande Paris. Tive o apoio notável do professor Gilson Rampazzo e da gráfica do Equipe, que imprimiu mil exemplares, que hoje são disputados a tapa feito produto Apple (ha,ha,ha).
Literariamente, a obra underground não representa nada de marcante, de revolucionária, mas é importantíssima na minha formação profissional e pessoal. Não tinha nem 17 anos quando resolvi investir minha poupança na publicação do que é tecnicamente um livreto. Nos meses seguintes, vendi de mão em mão todos os exemplares. Dois foram parar em mãos famosas como as de Regina Duarte. Bixiga, Belas-Artes, teatros, bares, shows, lá ia o autor com a mochila recheada de livros. Atualmente, só tenho os originais. A maioria virou fóssil ou foi parar num sebo virtual, como descobri outro dia. Também soube que filhos de amigos adoraram o que leram, motivo de orgulho e verdadeira medalha para mim. A experiência comprovou que minha carreira profissional teria que ser ligada às letras. Fui parar no (tele) jornalismo, uma sequencia natural pelo que fazia desde os tempos de primário. Sempre gostei de escrever.
Hoje, não tenho nenhum livro na gaveta. Apenas projetos. Quando vou a uma livraria, fico intimidado diante da enorme oferta de títulos e me pergunto se posso ocupar algum espaço numa estante. Sei não. AS CRIANCINHAS POBRES DA SUÉCIA representa uma atitude corajosa de um jovem, que por impulso ou afirmação, resolveu colocar em prática um sonho. Tenho saudades deste jovem que eu fui.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sócrates, Neto, Rivellino e outros ídolos

Falta menos de duas horas para começar a segunda-feira, 22 de agosto de 2011. Espero que seja a minha última segunda-feira sem trabalho remunerado. Trabalhos não faltam. Tenho a faxina, o supermercado, a feira, a escovação dos dentes, o mastigar dos alimentos (a eliminação também dá um trabalho danado, especialmente nos casos de prisão de ventre), os gastos de calorias jogando bola ou pedalando, as horas de digitação no computador e este blog, entre outros serviços não pagos. Aliás, sou eu quem pago.
Choradeira à parte, tivemos boas notícias neste domingo gelado. Sócrates já está melhor depois do susto de parar na UTI do Einstein. A seleção brasileira ganhou o penta sub-20 na final contra Portugal, marcada pelos erros dos dois goleiros e pelos três gols de Oscar. Depois de perder em casa para o Figueirense, o Corinthians se manteve na liderança do Brasileirão graças aos tropeços de Flamengo e São Paulo.
Voltamos ao Sócrates. Foi o último jogador que acompanhei nos estádios sem a obrigação de trabalhar. Inteligente dentro e fora de campo. Teve uma carreira curta, mas inesquecível, principalmente, no Corinthians e na Seleção. Como repórter da Folha de SP, fui ao primeiro treino dele no Santos. Na saída, aproveitamos para dar uma carona de fusquinha até o hotel onde estava hospedado. Aliás, ele pediu a carona, coisa inimaginável nos jogadores de hoje, cercados de seguranças e assessores de imprensa. Nunca foi um atleta ou fez questão de ser marqueteiro. Logo de cara acendeu um cigarro. Rendeu-me uma das matérias de capa do caderno de esportes. Muito bom para quem vinha de alguns anos de redação de TV e ficou apenas quatro meses como frila da Folha. Conheci amigos e tive uma experiência maravilhosa, apesar de longas jornadas de trabalho (cheguei a virar 14 horas por dia) e da pouca grana.
Esta semana, aproveitei a noite quente, pedalei até os Jardins e vi dois curtas no Museu de Imagem e Som, o simpático MIS. Um deles, já ganhou a minha simpatia pelo título - Juventus rumo a Tóquio. O filme, captado por dois câmeras digitais e feito por alunos que também passaram pelo curso de Rádio e TV da ECA/USP, mostra a emocionante final da Copa SP, entre o Juventus e o Linense, no estádio da rua Javari (onde certa vez fiz matéria sobre os juvenis do time da Mooca, durante os quatro meses de frila para a Folha). O vencedor ganhou vaga na Copa do Brasil, que por sua vez classifica o campeão para a disputa do título mundial, que na época acontecia no Japão. Daí o título otimista. A ideia do curta foi mostrar os bastidores, a reação da torcida e o jogo aparece em escassos momentos. É impossível não se emocionar com o filme. O mesmo vale para o outro curta da noite. "Rivellino", nome de um dos meus maiores ídolos, razão pela qual sou corinthiano. Achei  que seria uma cinebiografia tradicional, com depoimentos dele, da família, de colegas de profissão etc. Mas, assim como a maioria do pequeno público do aconchegante cinema do MIS, fui surpreendido pelo roteiro. Em resumo, trata-se de um encontro entre um ex-presidiário e o promotor que o condenou num ônibus. Uma daquelas situações-limite, tipo Cabo do Medo, do Scorsese. Só que ela é quebrada com a entrada do Rivellino como passageiro. A simples presença do ídolo muda o foco da conversa do marginal com o promotor e a história caminha para um final inesperado, com direito a um depoimento de Maradona.
Citei o Neto no título, É outro ídolo corinthiano com quem convivi na Band e até jogamos no mesmo time uma única vez. Sábado à noite, ele comentou a grande vitória do Brasil sobre Portugal por 3 x 2, no Mundial Sub-20 da Colômbia. Em dado momento, empolgado com o vigor físico do meia Fernando, disse que "parecia que ele tinha dois pulmões." Olha, eu prefiro mil vezes o Neto com gafes como esta do que, por exemplo, o Caio Ribeiro e a maioria dos comentaristas da Sportv (Nori é exceção), pródigos em clichês e bom mocismos, insossos e chatos.

  

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sugestão de presente para o Dia dos Pais

Eu sei, Dia dos Pais é uma criação comercial e etc e tal. Acho que vale como reflexão sobre a importância da figura paterna na nossa vida. O meu pai, seu Henrique foi embora muito cedo. Furou a fila e mais um ano, não estará conosco para festejarmos juntos, que era sempre com muita comilança, bom humor e alegria. Faz falta o danado.
O tempo passou e hoje, sou pai de duas meninas, meu título de maior orgulho. Confesso que não sou o pai-modelo. Separei e fiquei distante da educação delas mais do que deveria. Hoje, elas estão distantes geograficamente. Uma na Austrália e a outra na pequena e longíngua Ilha Solteira. Felizmente, existe o Skype para diminuir a distância. Mesmo assim, gostaria de ter sido um melhor pai. Meu temperamento travou o que deveria ter sido o ideal. Peço perdão especialmente a elas para os meus erros.
Domingo, dia 14 de agosto, passarei o Dia dos Pais sozinho mais uma vez. É uma sensação estranha. Não digo nem pelos presentes que não virão, mas pela razão de que se sou pai, é porque deu vida às filhas, e fica sem sentido ter esta condição e comemorar solitariamente.
Quanto aos presentes, dispenso carro novo, celular de última geração, ipad, iphone, aiaiqualquer coisa. Só preciso de uma coisa que, infelizmente, elas não podem me dar: trabalho. Estou parado há quase uma semana, após apenas cinco dias de serviço que, por sua vez, vieram depois de quatro meses ociosos. Tenho certeza absoluta que a Stela e a Diana gostariam que eu recebessse tal presente. Elas bem sabem que conviver comigo com mau humor é insuportável, e que sem ocupação (consequentemente dinheiro), fica mais difícil fazer uma visita de surpresa aonde elas moram. Quem sabe se em 2012 estarei passando o verão na Austrália e a primavera em Ilha Solteira.  Independente disso, espero estar em 2012 para que elas não sintam a mesma sensação horrorosa que não poder compartilhar o Dia dos Pais com o grande e saudoso seu Henrique.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Jeff Beck- A day in the life -(Jimmy Page was there!!)

Two Rivers - Jeff Beck

Jeff Beck & Brian Setzer - Twenty Flight Rock

Deep Purple - Child in Time | Live 1970

Badfinger - Day After Day - Pete Ham

A insônia voltou em mais um período de falta do que fazer

Já estamos no dia 10 de agosto de 2011, entrando no meu segundo dia de aposentadoria por falta de serviço (de novo).  De bom só a volta ao futebol com os amigos da Globo. Talvez verei o Capitão América, pedalarei,  assistirei um pouco de televisão, ouvirei jazz (ouça jazzradio.com, uma rádio online espetacular), lavarei louça, acordarei sabe Deus quando, enfim, uma agenda desanimadora para quem está no auge da forma física e mental e gostaria imensamente de estar trabalhando em revista, TV, rádio, coreto de praça, internet. Este blog é minha tábua de salvação. Ficar parado é uma sensação terrível. Os piores sentimentos vem à baila.
No portal G1, a americana sexagenária desistiu de ir nadando dos Estados Unidos à Cuba. Até aí nada demais. O detalhe que mostra a ignorância de quem escreveu (estagiário?) que escreveu sobre  Key West e Cayo Hueso como se fossem lugares diferentes quando na realidade são a mesma cidade da Flórida (Beno recomenda a viagem).
No mesmo portal, vejo as notícias de esporte. Fico abismado com o espaço que dão para o futebol do Espírito Santo, aos atletas do Mato Grosso e à crise em times absolutamente desconhecidos. Não há uma referência negativa ao Ricardo Teixeira. Imprensa vendida é fogo.
No Yahoo, um dos destaques do dia foi aproveitar a presença da Raquel "Bruna Surfistinha" Pacheco na Fazenda da Record para contar a mudança de vida dela. A história é velha. Ela se apaixonou por um ex-cliente, que abandonou a belíssima mulher com quem teve filhos. Embaixo da matéria, há os comentários dos internautas. Um festival de preconceito. A maioria não entende como o João trocou a ex-aeromoça por uma ex-prostituta. Conheço as três pessoas, as mulheres superficialmente, mas posso dizer que o João fez a melhor escolha. A relação dele com a Raquel é muito bonita e eles estão se lixando para os comentários maldosos. A pior fase, que era a aceitação pela família dele, já foi superada. O resto é uma bela história de amor.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Recorde

São 22h11 de segunda-feira, 8 de agosto de 2011 (8/8 para os mais esotéricos). Meu perfil profissional voltou a ser o de jornalista desempregado. Desta vez, conforme era previsto no momento da contratação, fiquei apenas uma semana. Na prática trabalhei cinco dias, já que houve um sábado e um domingo no meio do caminho. Antes que algum conhecido fale bobagem, não sai por causa de problemas de relacionamento ou coisa parecida. Não, não e não.
Consegui voltar a trabalhar na Novacia, agência responsável pela revista interna do Itaú Unibanco, pouco mais de um ano da minha saída. Na ocasião, fiquei um mês e meio. É pouco? Levando-se em conta que minha experiência profissional foi, principalmente, em televisão, e havia sido contratado para um teste, o resultado foi bom. Fiquei além do tempo previsto e ainda dei o start para uma outra revista, a das Casas Pernambucanas, que utilizou grande parte do material colhido por mim. Infelizmente, a chefe de plantão não quis mais compartilhar a redação comigo. Mais um ano depois, nova chefe e uma ótima relação. Jogou limpo comigo e não me criou qualquer ilusão. O trabalho seria mesmo de uma semana. Sai sem problemas.
Dos cinco dias, três fui de bicicleta. Conforme o caminho, de 24 a 26 km de ida e volta, às vezes encarando uma sensação térmica de cinco graus positivos. Na maioria dos dias, era o primeiro a chegar na redação. Saia à noite, depois de jornadas de nove, dez, onze horas. Feliz, satisfeito de voltar a trabalhar após quatro meses de ócio forçado.
Agora, estou disponível no mercado feito um táxi vazio, torcendo para mudar o meu perfil profissional o mais breve possível.