Hoje, dia 18 de outubro, voltei ao trabalho depois de um final de semana marcado por visitas ao Bar dos Cornos, no Jaguaré, zona oeste de São Paulo (ótimas pingas e bolinhos de mandioca com jabá), a um lar de velhos (recomendo a todos, principalmente aos mais jovens, a fazer isso; é uma lição de vida) e aos maravilhosos cheese-saladas do Chapa.
Nesta segunda-feira invernal, convivemos com chuva, vento gelado e frio. Nem parecia que era primavera. Deixemos a meteorologia de lado.
Durante o trabalho, meu colega de mesa, o grande Walter Pimentel, da Gazeta Press, corrigia textos. Num deles, a palavra remoção estava escrita com dois esses. Motivo de indignação do copidesque e de risos dos jornalistas mais experientes. E pra não perder a piada, disparei de bate-pronto - Remova os esses imediatamente!
Fim de expediente. No saguão do prédio onde recepcionistas e seguranças me tratam como suspeito de alguma infração penal, apesar de me verem diariamente, com RG e tudo em cima (já fui até com uma camiseta escrita NADA CONSTA), descobri que havia um evento da Petrobras com vários esportistas convidados. Vi de longe a Ana Moser e na saída, o grande goleiro Tobias, da Seleção Corinthiana campeã mundial de 1977. Acompanhei-o pela quase deserta av. Paulista na hora do rush e fiz questão de cumprimentá-lo. Primeiro, disse que estava no Maracanã, na célebre invasão de 1976. Nem Moisés (o Profeta, não o falecido zagueiro) levou tanta gente para fora de um lugar distante mais de 400 km como aquele jogo histórico. Depois, soube que o elegante Tobias (estava engravatado e mais magro do que certo atacante da Seleção Corinthiana) cuida de uma ONG que abriga dependentes químicos e da Seleção Master do Brasil, que tem, entre outros, Geraldão Manteiga (um dos responsáveis pela minha calvície precoce) e Jonas Eduardo Camargo, o popular Edu, talvez o melhor ponta-esquerda que vi em campo. Nos despedimos e me dirigi ao subway paulistano.
Me assusta a perspectiva de expansão do metrô propagada pelo futuro governador do estado. Hoje, não há espaço físico para receber milhares de passageiros das novas linhas no proporcionalmente pequeno número de composições. O metrô já foi o meio de transporte que orgulhava São Paulo. Não vai demorar muito para, a exemplo do Japão, termos seguranças empurrando à força os passageiros para dentro dos vagões. A Companhia do Metrô também poderá ceder ventosas nas mãos para usarmos o teto e abrirmos lugar para mais gente. Como na cena clássica dos Irmãos Marx em UMA NOITE NA ÓPERA. Diante de um camarote superlotado, Groucho diz para alguém interessado em entrar ali, que havia lugar no teto.
Felizmente, a minha viagem terminou rápida. Livre das pessoas que não dão passagem nas escadas rolantes (na semana passada, me vi numa situação de Mr. Bean - passava por um velhinho e encontrava mais dois fechando o caminho) e nem nas portas, fui para a minha residência de inverno (com o puta frio que estava fazendo aí, São Paulo virou uma aldeia siberiana) e no caminho, vi um novo abrigo de homeless próximo a uma tradicional loja de cama, mesa e banho, cujos donos devem estar felicíssimos com a nova vizinhança.
Para não dizer que não falei de flores, vale uma menção honrosa às duas melhores mesas redondas da TV deste país. É Rapidinho (todas as segundas-feiras, às 20h15 e como é na Espn, é uma ótima alternativa ao horário de propaganda eleitoral), apresentado por um ex-colega de trabalho e gente finíssima, "Clark Kent", o João Carlos Albuquerque; e o Rockgol, que nesta segunda-feira, me fez chorar de rir com o Supla, o Benjamin Bac e o zagueiro Fabrício, do Clube de Campo Palmeiras, e com os impagáveis apresentadores Paulo Bonfá e Marco Bianchi. Nas passagens de bloco, clips hilariantes dos melhores(?) momentos dos campeonatos promovidos pela MTV. Me lembrou vários amiguinhos do futebol (alguns da minha nova turma de boleiros da Globo) e o lateral Moacir, do Corinthians, que perdeu um dos gols mais feitos do Brasileirão/2010.
Lady Gaga (não), Paris Hilton (não), Justin Bieber (quem ?), Corinthians (sempre), mulher (sempre), rock (sempre), jazz (sempre), sertanejo (longe daqui), crônicas, baboseiras, bobagens, divagações, filosofias, conversas para bois (e vacas) dormirem, papos sem pé e sem cabeça, digressões, piadas, anedotas, observações, pílulas, sagas, prosopopeias...
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