Lady Gaga (não), Paris Hilton (não), Justin Bieber (quem ?), Corinthians (sempre), mulher (sempre), rock (sempre), jazz (sempre), sertanejo (longe daqui), crônicas, baboseiras, bobagens, divagações, filosofias, conversas para bois (e vacas) dormirem, papos sem pé e sem cabeça, digressões, piadas, anedotas, observações, pílulas, sagas, prosopopeias...
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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Ocupações de desocupados
Uma das grandes vantagens de pedalar é conhecer a cidade no ritmo que o ciclista desenvolve. Se não tem pressa, ele pode admirar as ruas e a arquitetura, sentir os cheiros (muitas vezes desagradáveis como o da urina espalhada pelo Centro de São Paulo, ou deliciosos como o de uma churrascaria na hora do almoço ou de uma Dama da Noite) e perceber detalhes curiosos que se estivesse dirigindo um carro, por exemplo, não notaria. Foi o que me aconteceu numa tarde desta última semana de novembro de 2011.
Subindo uma travessa da Alameda Barros, em Higienópolis, vi um grupo do MST acampado na sede do Incra. Foi uma situação inusitada. Primeiro, o Incra que, teoricamente, deveria cuidar de reforma agrária, está instalado num dos bairros nobres de São Paulo, bem longe das áreas de conflito. Segundo, o grupo fazia um protesto absolutamente ignorado pela vizinhança e pela imprensa. Algumas faixas e bandeiras do movimento do sem terra dentro da sede do Incra e olhe lá.
Nova subida, desta vez até o espigão da Paulista. Outro protesto: a versão paulistana do Ocupe Wall Street. Nada a ver. O assunto virou tema do Profissão Repórter, que foi conferir de perto os acampamentos em Nova York, Atenas e Londres, além da revolta egípcia, no Cairo.Uma pauta interessante.
Nos EUA e na Europa, as manifestações contra o sistema financeiro são mais midiáticas e folclóricas do que eficientes. Os investidores não deixaram de aplicar nas bolsas, não houve corridas aos bancos e a resistência dos acampados lembrou os tempos que os sem terra tinham uma ligeira simpatia das populações urbanas.
No Brasil, que adora mimetizar este tipo de movimento (Woodstock I, Live Aid, Woodstock II viraram inspiração para Iacanga, Rock in Rio, SWU, cada vez mais comerciais, apesar do apelo pela sustentabilidade, que soa como discurso no Congresso para uma plateia bêbada/drogada), o Ocupe Paulista é um reflexo tardio do Fora FMI das décadas de muita dívida externa e moratória. Na mesma avenida, os bancos estão mais preocupados com a decoração de Natal. Grandes beneficiários da política econômica dos últimos governos de FHC a Dilma, os banqueiros só vão sentir medo quando houver perda de confiança no sistema e os correntistas resolveram sacar suas poupanças na mesma hora. Talvez o alvo ideal para o tímido protesto que rola na Paulista deveria ser bem mais longe. Brasília, por exemplo.
Subindo uma travessa da Alameda Barros, em Higienópolis, vi um grupo do MST acampado na sede do Incra. Foi uma situação inusitada. Primeiro, o Incra que, teoricamente, deveria cuidar de reforma agrária, está instalado num dos bairros nobres de São Paulo, bem longe das áreas de conflito. Segundo, o grupo fazia um protesto absolutamente ignorado pela vizinhança e pela imprensa. Algumas faixas e bandeiras do movimento do sem terra dentro da sede do Incra e olhe lá.
Nova subida, desta vez até o espigão da Paulista. Outro protesto: a versão paulistana do Ocupe Wall Street. Nada a ver. O assunto virou tema do Profissão Repórter, que foi conferir de perto os acampamentos em Nova York, Atenas e Londres, além da revolta egípcia, no Cairo.Uma pauta interessante.
Nos EUA e na Europa, as manifestações contra o sistema financeiro são mais midiáticas e folclóricas do que eficientes. Os investidores não deixaram de aplicar nas bolsas, não houve corridas aos bancos e a resistência dos acampados lembrou os tempos que os sem terra tinham uma ligeira simpatia das populações urbanas.
No Brasil, que adora mimetizar este tipo de movimento (Woodstock I, Live Aid, Woodstock II viraram inspiração para Iacanga, Rock in Rio, SWU, cada vez mais comerciais, apesar do apelo pela sustentabilidade, que soa como discurso no Congresso para uma plateia bêbada/drogada), o Ocupe Paulista é um reflexo tardio do Fora FMI das décadas de muita dívida externa e moratória. Na mesma avenida, os bancos estão mais preocupados com a decoração de Natal. Grandes beneficiários da política econômica dos últimos governos de FHC a Dilma, os banqueiros só vão sentir medo quando houver perda de confiança no sistema e os correntistas resolveram sacar suas poupanças na mesma hora. Talvez o alvo ideal para o tímido protesto que rola na Paulista deveria ser bem mais longe. Brasília, por exemplo.
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