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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tudo pode dar certo

Depois de pedalar 57 km, fazer o almoço (arroz com cenoura, pimenta de bico e milho fresco e ainda um jofre, maravilhoso doce de chocolate amargo recheado de mousse de chocolate), deixei a preguiça de lado e fui até a Augusta ver um dos melhores filmes de Woody Allen - TUDO PODE DAR CERTO. Só não digo que é o melhor, pois ele tem uma filmografia espetacular - Assaltante bem Trapalhão, Annie Hall (que recebeu o estúpido título brasileiro de Noiva Nervosa, Noivo Neurótico), Rosa Púrpura do Cairo, Zelig, Manhattan, Match Point, aquele com o Martin Landau e Anjelica Huston (Maridos e Amantes?)...Até os filmes ruins dele, aqueles que ele pensa que é o Bergmann, merecem atenção. Nesta lista Incluo Interiores e o Vicky Cristina Barcelona, salvo pela Penélope Cruz e pelo Javier Bardem. É tão ruim que uma novela das 21h é mais ousada e parece que foi feito sob encomenda da secretaria de turismo da cidade catalã.
Allen é que nem eu. Nascemos na época errada. Não sou nenhum gênio como o personagem de Larry Clark, alter ego de Allen no filme, mas me sinto deslocado. O cineasta também parece assim. Felizmente para os fãs, ele dispensa 3D, efeitos de computação gráfica, publicidade maciça na TV e usa recursos meio que em desuso - inteligência e humor. Confira os créditos (sempre em preto e branco, com uma trilha dos bons tempos da canção americana) e verá que é praticamente a mesma equipe há anos. Em Tudo pode dar certo, o elenco funciona como a equipe de Allen. Erra quem pensa que a grande estrela é o Larry Clark, criador de Seinfeld (e só por isso merece uma estátua). O astro principal é o roteiro. A história de falar direto para a câmera já é velho. Deu certo em Rosa Púrpura do Cairo, mas é perfeito para o que Allen pretende. É impossível não rir de uma banda fictícia de rock chamada Anal Esfincter ou do judeu gay que provavelmente para não envergonhar a família troca o sobrenome. Ou da dica de um programa divertido em NY, o Museu do Holocausto.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Music Challenge e Mafia Wars

Ao contrário dos executivos e dos workolics ( se a ortografia está errada, o sentido é o mesmo - aqueles viciados em trabalho que fodem com a vida dos seus colegas. Passei por isso recentemente) em geral, tenho um patrimônio inestimável chamado TEMPO. Posso gastá-lo de várias maneiras - vendo TV (tem Breaking Bad e Flash Forward nesta terça), pedalando, jogando bola (aliás, hoje é dia de jogo) ou até mesmo coçando o saco. Ultimamente, tenho gasto caixas e caixas de Hipoglós...
Um jeito de utilizar o tempo de forma inútil e não menos divertida é jogar os games do Facebook. Sou praticante de dois: o Music Challenge e o Mafia Wars.
Qual é a música? Perguntaria o octogenário apresentador-empresário do SBT. O Music Challenge funciona da mesma forma. Quanto mais acertar mais pontos e mais tempo terá o concorrente. O problema é que a maioria das músicas é desconhecida para quem não curte rap e pop. Por isso, no início apanhei muito e ficava revoltado com os poucos acertos que conseguia. Depois, peguei a manha. Há uma grande repetição de músicas e com a combinação de um certo conhecimento musical e bom senso (quando não sei quem está cantando, chuto o nome mais estranho e geralmente dá certo, assim como o nome da música mais longo ou estranho. Para mim, errar  músicas dos Beatles, mesmo as menos conhecidas, é impossível), você começa a ir bem. Tanto que sou o líder do meu grupo e espero sempre por novos desafiantes.
O Mafia Wars é, como o nome diz, uma guerra de máfias. O legal é que vc administra a sua máfia como se fosse uma empresa. Ao invés de investir em equipamentos, compra armas, carros mais velozes, aviões, policiais, políticos como se fosse um Fernandinho Beira-Mar. Também precisa cuidar da saúde, da energia, das habilidades de defesa e ataque, e da estamina, que proporciona força para as guerras. Nada de regar plantinhas ou dar comidinhas.
Apesar de jogar todos os dias, acho  que não sou viciado nos joguinhos...

Toy Story 3 e outras coisas

O fato de ter tempo livre em abundância (entrei no segundo mês de aposentadoria por falta de serviço - aceito ofertas) me permite algumas liberdades. Por exemplo, assistir um filme em plena segunda-feira à tarde ou pedalar de manhã como também escrever neste espaço durante a madrugada.
Pedalar já virou uma rotina. Como o Ibirapuera está insuportável por causa das férias escolares, fui ao Parque do Povo bem mais tranquilo e menos frequentado. Foi uma escolha acertada, embora algumas pessoas tenham dificuldades para entender a sinalização no chão que mostra um símbolo muito parecido com uma bicicleta. Mesmo com a ciclovia demarcada, ela é desrespeitada por corredores, gente que vai passear com seus cães e pessoas de idade que não entendem como a prefeitura cede espaço para os "folgados" dos ciclistas.
À tarde, ao lado da minha caçula, assisti Toy Story 3 (BENO RECOMENDA). Mesmo dublado, é um filme delicioso, sem falar do curta da Pixxar/Disney que o antecede (Dia e Noite). Bem feito e com um roteiro inteligente, é um programa que agrada as crianças e não decepciona os adultos.
BENO RECOMENDA também o É Rapidinho, das segundas-feiras, às 20h15, na Espn. O programa reúne quatro jornalistas, um deles, o excelente âncora João Carlos Albuquerque, o Clark Kent dos meus tempos de TV Manchete (a da Rua Bruxelas, perto da Real). Os outros três jornalistas opinam sobre os principais assuntos esportivos do final de semana em pouquíssimo tempo (daí o nome do programa). O resultado é que não tem as enrolações das mesas redondas convencionais e, ao mesmo tempo, é tão bem humorado que termina com gosto de quero mais.
O episódio desta segunda-feira de Chuck (21h na Warner) chamou atenção para o fictício país caribenho Costas Gravas, uma homenagem ao cineasta grego.
Californication, que entrou no ar na sequência, é um respiro de vida adulta na TV.
 

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Notas de um final de semana

Madrugada de segunda-feira, 26 de julho de 2010. O final de semana foi movimentado. No sábado, dormi uma hora e fui jogar bola. Perdi. À tarde, fui a um churrasco inusitado. O tema - Heavy Metal Barbecue - foi levado a sério. Nenhuma mulher e um bando de fãs de som pesado e barulhento, que se reuniu para ver bandas obscuras (Tesla, Airborne, Y& Y), algumas nem tanto (Whitesnake, Poison) e uma campeoníssima (Led Zeppelin!). A trilha sonora no talo não impediu que caisse no sono novamente. Lá ficamos sabendo da escolha de Mano Menezes como novo técnico da Seleção. Acho que vai dar certo. É só não fazer as bobagens do coerente Dunga.
À noite, derrubado pelo monte de cervejas e quilos de comida, fiquei em casa. A pessoa que gostaria que me acompanhasse preferiu ficar sozinha. Pelo menos vi a vitória do Brasil sobre Cuba na semifinal da Liga Mundial de Vôlei, na Argentina.
Capotei de sono. Dormi quase 12 horas seguidas.
Domingo de fortes emoções. Não vi o GP da Alemanha e aos poucos fui sabendo dos detalhes da marmelada da Ferrari, que ordenou ao Massa que ele desse passagem ao Alonso e com isso perdesse a vitória em Hockenheim. Se eu fosse Massa, encerraria a carreira na chegada aos boxes. Ele entrou para a galeria dos piores pilotos brasileiros em matéria de bundamolismo. Clube aberto em 2002 por Rubens Barrichello, que entregou a vitória na Áustria ao Schumacher. Nelsinho Piquet também é sócio. O filho do tricampeão pisou na bola em Cingapura e hoje, corre em inexpressivas categorias do automobilismo americano.
Melhor mesmo foi a última etapa do Tour de France, em Paris. Imagens belíssimas e uma chegada espetacular de Mark Cavendish, vencedor de 5 provas. O espanhol (mais um em 2010) Alberto Contador conquistou o tri no dia que Lance Armstrong anunciou a aposentadoria para se dedicar ao triathlon. O mais bacana de tudo isso é que, ao contrário da F-1, há uma certa ética no ciclismo. Com o Tour praticamente decidido quando chega a Paris (o vencedor geral, o campeão entre os mais jovens, o melhor escalador já eram conhecidos), a disputa fica restrita à camisa verde (não a dos porcos, mas sim a do melhor sprinter, o maior corredor). Este ano eram 3. Os outros competidores praticamente passeiam por Paris e correm em função de ajudar o sprinter de suas respectivas equipes. O resultado é uma competição limpa. Este ano, por exemplo, até agora não foi anunciado qualquer caso de doping.
Com o tempo maravilhoso, mais um dia de verão em pleno inverno paulistano, fui para as ruas pedalar. 44 km pelas avenidas Jabaquara, Pedro Bueno, Roberto Marinho, Berrini, Faria Lima, Europa, rua Suíça, Jardins, Pinheiros, Vilas Madalena e Beatriz, Alto de Pinheiros, Vila Leopoldina, Lapa, Água Branca, Minhocão, Bexiga, Paraíso, Vila Mariana, Sena Madureira, Domingos de Morais e de novo a Jabaquara.
O melhor de tudo isso, que durou cerca de 3 horas, é que subo as ladeiras com imensa facilidade e sinto que estou cada vez mais condicionado.
O lado ruim é ter que ficar o tempo todo preocupado com motoristas que furam o sinal vermelho, não sinalizam que vão parar ou descem do carro sem perceber se vem uma bicicleta. Pior mesmo, além do oriental que passou o vermelho na 13 de Maio e dos motoristas que insistem em dar finas ou não dar espaço aos ciclistas, foi um motoboy cego que não me viu descendo no maior gás a Rafael de Barros. Quase derrapei e fui pro chão.
Em casa, vi o horroroso Santos x SP, que valeu apenas pela genialidade de Paulo Henrique Ganso. Ele e Bruno Cesar são os melhores jogadores que atuam no Brasil.
O Timão de Bruno Cesar (que participou dos 3 gols) venceu o Guarani na despedida do Mano Menezes. Não me lembro de um treinador dar a volta olímpica e ser aclamado pela torcida num jogo, que a despeito de valer a liderança do Brasileirão, não representava a conquista de um título. Ser ovacionado pela Fiel vale como uma medalha.
Mais tarde, com muitas caras novas, mas não menos talentosa, a Seleção Masculina de Vôlei ganhou da Rússia e levou o nono título de campeã da Liga Mundial. Falar bem do Bernardinho é rotina. O que vale destacar é que ele tem a coragem de colocar o Giba na reserva, ignorar o Ricardinho, recuperar o Dante (pra mim, o melhor jogador da final) e revelar jogadores que eu não tinha visto anteriormente, como o excelente levantador Marlon e os atacantes Leandro Vizzoto (ok, já vinha jogando antes, mas repito, faz tempo que não acompanhava a seleção), Théo e João Paulo.
Nesta segunda-feira, Mano faz a primeira convocação da seleção pós-Copa. Meus ex-cunhados André e Andréa ficam mais velhos e eu estou a 3 meses de mais um aniversário. Pena que também esteja há um mês sem trabalho...
Boa semana para todos...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Uma tarde no Bom Retiro

Como muita gente sabe, vivi a maior parte da infância e da adolescência no Bom Retiro. Como muita gente também sabe, até os anos 90 era um bairro predominantemente ítalo-judaico (ou judaico-ítalo para não ferir sentimentos étnicos). Os italianos e seus descendentes moravam na parte baixa até os limites com a Barra Funda e, logicamente, os judeus ocupavam  a parte alta que ia até as avenidas Santos Dumont e Tiradentes.
Como muita gente sabe, hoje, o Bom Retiro tem mais coreanos e latinoamericanos (nem tenho saco para ver se tem hifen ou não - veja na minha apresentação). Isso fez que muitas referências dos meus tempos de infância e adolescência só ficassem na memória.
Na tarde desta sexta-feira, voltei ao bairro para resolver problemas familiares. Apesar de não ser um sujeito popular, tenho bom sentido de observação (e uma boa memória).  Tirando uma ou outra pessoa, confesso que não reconheci a maioria absoluta dos passantes. Fiquei parado durante uns 10 minutos na r. Guarani em frente à Casa Menorah, que os mais velhos conheceram como Mercearia Dom Bosco ou do Seu Zé, e vi muitos coreanos, alguns bolivianos e quase nenhum judeu, além dos clientes da loja (BENO RECOMENDA).
Há uma sensação de abandono, de decadência e desvalorização, embora o bairro seja central, bem policiado (as sedes dos comandos da Rota e da PM estão na região), tenha os belíssimos Parque da Luz e a Estação e seu Museu da Língua Portuguesa (BENO RECOMENDA A VISITA) e uma oferta de gastronomias surpreendentes.
Na Praça Cel. Fernando Prestes, onde ensinei futebol aos meus coleguinhas do Scholem Aleichem (primário e ginásio inesquecíveis, hoje fechado), houve uma reurbanização bacana. Os prédios da Fatec foram restaurados ou estão sendo reformados, embora a Poli, onde moravam os estudantes carentes, esteja lamentável. Na frente do comando da Polícia Militar, perto da estação Tiradentes do Metrô, do Museu de Arte Sacra, do Teatro Franco Zampari (onde a turma da ECA deu um show nos primeiros Quem Sabe Sabe, da TV Cultura), há vários moradores de rua. Um problema social, ok, beleza e ninguém pra resolver.
A sujeira se espalha pela vizinha Afonso Pena, onde morei, mas também por outras ruas do bairro.
Imagino que o comércio da Zepa e das ruas Cesare Lombroso, Italianos, Silva Pinto, da Graça, Aimorés, etc seja um grande gerador de tributos. Só não vejo o retorno desse dinheiro no Bom Retiro. Ok, os caixas da prefeitura, do Estado e da União não têm rubricas neste sentido. Porém, o bairro atrai turistas e sacoleiros de todo o Brasil e merecia tanto cuidado como, por exemplo, a Oscar Freire. Só não peço que lutem pela independência do Bom Retiro, pois há o perigo de Evo Morales ou algum Young, Kim, Park anexarem aos respectivos países.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quinta-feira - 22 de julho de 2010

Tour de France - Sensacional a etapa de hoje entre Pau e Tourmalet, uma subida de 18 km que acontece há 100 anos. O luxemburguês Andy Schleck deu uma arrancada no final, mas não conseguiu tirar a diferença para o virtual campeão do tour, o espanhol Alberto Contador. Foi legal a chegada. Schleck, que perdeu a liderança ao precisar recolocar a corrente e reclamou da falta de espírito esportivo de Contador, desta vez abraçou o adversário na chegada, que contou ainda com o Sarkozy de torcedor. Aliás, a participação do público é espetacular. Milhares de pessoas ao longo de cada etapa. Hoje, quatro peladões invadiram a pista, arrancando risos dos ciclistas e dos espectadores.
A Cannondale, que patrocina a Espn, tem uma mensagem simpática. No final da transmissão, convida o espectador a pedalar. Eu nem pensei duas vezes.
Foram 44 km. Boa parte deles na Ciclovia da Marginal Pinheiros. Apesar do calor do cão, não havia água no trecho final, em Interlagos. Infelizmente, esta não foi a única notícia ruim. Tive uma câmara furada na ciclovia que não tem mais mecânicos durante os dias de semana. Fiquei no meio do nada. A saída mais próxima estava a 8 km. Conformado, fui andando a pé. A minha sorte foi contar com a ajuda dos funcionários da CPTM, que me deram carona até a Vila Olimpia.   Mas não achei nenhuma bicicletaria.
Meu problema só foi resolvido em Moema.

JN - Aumentou a contratação de homens com mais de 50 anos.  Nada como um pouco de esperança.

Cuidado! Jornalista pedindo trabalho...

1h15 da madrugada de quinta-feira, 22 de julho. 1 mês sem trabalho remunerado. Passei roupas ontem à noite e meu patrão,que sou eu mesmo, não me deu nem um vale e nem me liberou para o cinema.
À tarde, na companhia do sr. Jaime Israel Suckeveris, conheci uma segundanista de Jornalismo numa corretora de planos de saúde no Centro de SP. Cheia de planos para exercer a profissão. Penso comigo. Acho que era melhor ela ficar com a Amil, a Golden Cross, a Dix Amico, a Medial e as outras operadoras.
Peter Pan que era feliz. Se tivesse um plano de saúde, não teria problemas com mudanças de faixa de idade.
A semana está chegando ao fim e nada de perspectivas de voltar ao mercado de trabalho. Lembro que as empresas de comunicação comemoraram a chegada do Plano Real como fator de estabilização da economia. Para os jornalistas foi um desastre. Vagas foram cortadas, salários foram achatados, a maioria precisou abrir firma, os sindicatos perderam força, os estagiários que deveriam acompanhar os veteranos para aprender, foram promovidos, nem sempre pelo talento (alguns tem), e sim por ser uma mão de obra baratíssima e acrítica. As novas tecnologias também aceleraram o processo de afastamento dos portadores de MTB mais antigos, principalmente, nas TVs.
Apesar de estar no melhor da minha forma física (pô, ainda jogo bola duas vezes por semana, pedalo mais de 30 km por dia e por aí vou), me sinto obsoleto. Tantos anos (mais de 25 anos) na área e por mais defeitos que tenha, poderia estar colocado em qualquer meio de comunicação. Já fui corretor de imóveis e vendedor de consórcios. Pelo jeito terei de ser agenciador de escravas brancas para a Espanha ou entregador de pizza em San Francisco. Ei Fio Maravilha, a próxima entrega é minha!

Maravilhas Paulistanas

Comer um sanduíche de pernil no Estadão.
Coxinhas do Veloso e do Frangó.
Espetos do Sapucaia.
Esfihas da Esfiha Imigrantes.
Talharim com molho ao suco e vôngoles do Ouro Branco.
Pastel da Dona Maria, da feira livre do Pacaembu.
Picolés da Sottozero.
Padarias Barcelona, Benjamin Abrahão e Ceci.
Açai da barraca da esquina da Gomes de Carvalho com a Funchal, depois de pedalar na Ciclovia Marginal Pinheiros.
Rodízio de pizzas do Charles da José Maria Whitaker, acompanhados de frango, polenta, pastel, fritas...
Pizza do Viteloni.
As maravilhas judaicas da mercearia Dom Bosco, na R. Guarani, no Bomrra.
Mate com leite do Rei do Mate da São João.
Sanduíche de mortadela e as frituras do Mercado Municipal.
Cheese Salada do Chapa´s, do Oswaldo da Bom Pastor, do Fifties.
Esfihas do seu Artur do Clube Armênio da Nhambiquaras.
(a lista continua...)

Cai o último invicto. Merecido.

Acabei de ver um dos piores jogos do Corinthians em 2010. Felizmente, a derrota para o Atlético-GO, lanterna do Brasileirão, não tira o Timão da liderança do campeonato, embora dependa de um tropeço do Fluminense contra o Cruzeiro, nesta quinta-feira, no Maracanã.
O Corinthians tem uma defesa muito lenta e veterana. Alessandro vive machucado. Chicão está numa fase tão ruim que perdeu dois pênaltis seguidos. William ou Paulo André, seja quem for, é cartão amarelo garantido. Roberto Carlos não acerta um chute há muito tempo e o lado esquerdo é uma mina de ouro para qualquer adversário mais veloz. Experiência é legal em jogo de casados versus solteiros. Na maioria das vezes, os casados (ou mais veteranos) vencem pois sabem os atalhos.
O meio-campo jogou muito mal. Ralf e Elias se escondem do jogo e pouco criam. Apesar da participação no gol do Iarley, Danilo e Bruno Cesar erram demais nos passes. O primeiro falhou no segundo gol goiano. Tcheco e Defederico são dois enganadores.
Dentinho quase fez um gol antológico. E só. É muito cai cai, assim como o Iarley que corre, corre e, exceto o gol, pouco produziu. Souza é uma piada do Mano Menezes.
O Corinthians bobeou nas contratações, a maioria delas bem fraquinhas, e não sei se terá fôlego para manter o ritmo de liderança ao longo do campeonato. A história do Mano ir para a seleção é legal pro treinador, mas pode ser ruim para o elenco. A melhor opção seria o Abel Braga, que tem um perfil que agrada o corinthiano. Adilson Baptista é da mesma laia do Carpegiani, do Ricardo Gomes, do Mário Sérgio, que gostam de inventar. Futebol é bem mais simples do que eles pregam.
Santos e São Paulo voltaram a decepcionar. Tudo uma questão de foco. Para os caiçaras, Copa do Brasil ou Brasileirão, e para o time da periferia da favela de Paraisópolis, Libertadores ou o Nacional. É capaz dos dois dançarem nas duas competições e, se Deus quiser, serem rebaixados. Mais perfeito só a equipe do Murtosa cair junto.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dicas de programas

Uma viagem fantástica está rolando até domingo, na Espn. É o Tour de France, a mais famosa e charmosa competição de ciclismo do mundo. Meu favorito, o americano Lance Armstrong perdeu muito tempo no início e não tem mais chances de ser o vencedor. Como não há nenhum brasileiro competindo, nem esquente a cabeça com os comentários técnicos do Celso Anderson, que manja muito de ciclismo, mas deveria consultar uma fono para consertar um problema de dicção, mas admire as paisagens pelo interior da França, que não costuma ser o primeiro roteiro de quem visita o país. A participação popular é extraordinária. A caravana passa por comunidades minúsculas (outro dia, uma tinha menos de 50 pessoas), pelos Alpes, Pirineus e terminará em Paris, num circuito que cruza a capital francesa, que é de deixar água na boca para quem talvez nunca irá para a França. Antes disso, vale acompanhar a etapa de quinta-feira, que é uma subida de montanha que os meninos precisam provar que são homens. Não é pra qualquer um.

Na TV, terça-feira é uma noite complicada - tem Casseta & Planeta, a nova série da Warner com os cinquentões, mas outras duas merecem atenção especial - Breaking Bad e Flash Forward, na AXN. A primeira é uma aula de ética. Um professor de Química, com câncer terminal, cheio de dívidas, mulher grávida, um filho deficiente, um cunhado da Divisão Anti-Drogas, resolve usar os conhecimentos para ser um fabricante de drogas sintéticas e ganhar muito dinheiro. Se une a um traficante local e os dois não hesitam em matar, roubar e se unir a outro traficante barra pesada. A trilha sonora é excelente. Numa época em que o público de cinema é cada vez mais infantilizado, esse seriado, que a minha amiga Sandra Brogioni já havia elogiado (e recomendado), é bem acima da média e, surpreendemente, ocupa o espaço do Lost sem deixar cair a peteca.
Flash Forward vem na sequência, começa às 22h. Parte de uma ideia interessante - quase toda a população do planeta ficou desacordada (milhões morreram), depois de um blecaute de cerca de 3 minutos. Os sobreviventes passam a lembrar do que vai acontecer com eles daqui a seis meses, o tal flash forward. Alguns não tem esta memória, o que significa que estarão mortos. Há uma corrida para evitar que um novo blecaute aconteça. Nesse interim, há disputa de poder entre FBI e a CIA, agentes duplos, cientistas malucos, uma força paramilitar no Afeganistão que lembra aquela do Iraque, tramas paralelas bacanas. O elenco reúne o Joseph Fiennes, de Shakespeare Apaixonado, a Penelope e o roqueiro de Lost em papéis bem diferentes, o japonês (coreano?) daquelas comédias tipo American Pie, em uma interpretação séria. Bem, Beno recomenda.

Figuraça - Marcos Cartum

Daqui a exatos 3 meses e 6 dias, farei anos juntamente com o sr. Marcos Cartum, arquiteto de renome, autor do logotipo do Museu Afrobrasileiro do Ibirapuera, entre outros trabalhos. Ele nasceu no mesmo dia, tem a mesma idade do que eu, os pais e avós conheciam o meu pai, mas, curiosamente, só fomos nos conhecer quando tínhamos uns 10 anos.
Foi num acampamento na represa Billings. Cartum estava coberto de lama dos pés à cabeça. Ele tinha tido a genial ideia de cortar caminho por um pântano.
Cinco, seis anos depois, reencontramos no Grupo Educacional Equipe, então instalado na R. Martiniano de Carvalho, na Bela Vista. Éramos colegas de classe juntamente com a primeira cônjuge do nobre arquiteto, a Noemi Jafet, por sinal, minha vizinha dos tempos de Bom Retiro. Mundo pequeno. Cartum toca flauta e teve aulas com o meu pai.
O tempo passou, cada um foi para o seu lado, casou, descasou, teve filhos, mas sempre nos falamos no dia de aniversário. Cartum virou funcionário público e ainda mantém um escritório de arquitetura com a nova mulher, a grande Ivone. Ele fica num dos mais belos recantos dos Campos Elíseos, a Vila Savoia, que já foi fotografada pelo Jornal da Tarde em um aniversário de São Paulo.
Cartum, vê se não esquece de mim no nosso aniversário!

Cenas Paulistanas - 20/7/2010

Pedalei 36 km, passando pela Saúde, Moema, Paraíso (estou bem de saúde, subi a Abilio Soares numa boa),Brigadeiro Luís Antônio, Major Diogo, Viaduto da Major Quedinho, Centro (Viaduto do Chá, Conselheiro Crispiniano, São João, etc) e na volta, a subida e a descida da Brigadeiro até a Fernão Cardim, Joaquim Eugênio, Jardim Paulista, Ibirapuera, República do Líbano, Indianópolis até a Saúde). À noite, devo pedalar mais uns 7 km e jogar futsal.

Pois é, neste trajeto todo, vi cenas curiosas:
Hoje, tinha dança do ventre no Restaurante Jacob, bem pertinho da Praça Patriarca (cadê a Casa São Nicolau?).
Um homem dormia na Praça da República sob o busto de um dos republicanos históricos. É como se a legenda dele fosse, por exemplo, Prudente de Morais.
Mate com framboesa na Casa do Mate, a original da Av. São João - imperdível.
Assoviava uma antiga música - Sonora Garoa (Passoca) - no Parque do Ibirapuera, quando para minha surpresa, vi que a Vânia Bastos, que tem esta música no repertório, fará um show no Auditório Ibirapuera neste final de semana. Sincronicidade.
Um homem sem camisa, mas cheio de adesivos de senhoritas se oferecendo para um certo trabalho físico, apitava para os carros pararem na travessia dos pedestres, entre a Praça da República e a Barão de Itapetininga.
A impressionante falta de atenção de muitos pedestres em ruas e avenidas movimentadas. Eles acreditam em algum poder divino que fará os motoristas obedecerem a travessia deles fora da faixa de segurança e ignoram completamente a passagem de um ciclista vestido o mais espalhafatosamente possível justamente para chamar a atenção.
Aliás, a ciclovia do Parque Ibirapuera é absurdamente desrespeitada pelos frequentadores e pelos próprios ciclistas, que têm uma certa dificuldade para ver que há duas faixas em sentidos contrários e que no chão há várias pinturas que remetem a uma tal bicicleta.
Outra inutilidade é a presença da Guarda Civil Metropolitana, que nada faz para educar os pedestres e os ciclistas de primeira viagem. Isso, quando os próprios guardas ciclistas não fecham os civis.

Nada se cria, tudo se copia

Nos tempos de Rádio e TV na ECA, nossa classe fez um programa de auditório, do qual fui apresentador e tivemos uma ideia de dar ao vencedor, um saco de farinha de mandioca para quem cantasse melhor o Brasileirinho. Muito tempo depois, houve uma coisa parecida no Centro Cultural São Paulo. Faltou dar o devido crédito à nossa turma.
Semana passada, postei no Facebook um comentário sobre as mulheres do goleiro Bruno, ex-Flamengo, atualmente defendendo o laranja de uma penitenciária mineira. Perguntei quem sabia quais eram as mulheres oficiais e não-oficiais que o meliante dispunha. Para minha surpresa, nesta segunda-feira, 19/7/2010, o colunista do Estadão, Tutty Vasques, que admiro muito, fez um comentário parecido.
Calma Tutty, não vou processá-lo por plágio. Isso só é um registro. Coincidência, né.As ideias estão no ar aí mesmo para quem pegar. O crédito, deixa pra lá.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Apresentação

A Hora da Abobrinha era uma lauda diária que escrevia numa máquina de escrever (sim, jovens, Olivetti e Remington não são nomes de participantes do Tour de France) da redação do Jornal da Band há mais de 26 anos. Na época, nem era jornalista, apesar de ser mais bem preparado do que alguns coleguinhas. Sim, havia que não soubesse quem era o ministro da Fazenda numa época de inflação alta, overnight, fora FMI.
Pois bem, Hora da Abobrinha era uma crônica do que rolava na redação, do que via nos jornais, piadas inocentes, algumas nem tanto. Foi um sucesso. Era esperadíssima e eu era super cobrado quando não escrevia.
O tempo passou. Virei jornalista, cheguei a chefiar alguns jornais e não ficava bem ser politicamente incorreto como era antigamente.
Hoje, sem trabalho (e pior, sem perspectiva de trabalho), numa faixa etária ignorada até nas campanhas de vacinação contra a gripe suína, com largo tempo livre em abundância, mas com o gosto permanente da escrita, com incentivo de amigos, achei que era o momento de retomar a Hora da Abobrinha.
Como redator-chefe, tenho algumas liberdades que faço questão de mantê-las neste espaço virtual:
1 - Não ficarei consultando as novas regras ortográficas. Se escrever errado de acordo com as normas oficiais, é problema meu. Assim, como outras convenções, etiquetas e tudo que é feito para enquadrar nos bons costumes.
2 - Se porventura escrever algum palavrão, com certeza, será menos chocante do que "porventura".
3 - Como não devo nada a ninguém, partidos, celebridades, nulidades, etc, me dou ao direito de jogar farofa no ventilador. A ditadura tolheu minha geração e agora na democracia, tenho mais que abusar da liberdade de expressão.
4 - Deixa pra lá. Vou pensar mais tarde o que devo colocar como item 4.