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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dica para o Príncipe William

domingo, 17 de abril de 2011

Beno na Virada Cultural

Quem viu a minha penúltima postagem, deve ter pensado - "Pô, o cara é um veterano de Virada Cultural e deu umas dicas bacanas" - pelo menos, foi a reação que senti nos comentários Mas, a realidade foi cruel e precisei mudar a minha programação em cima da hora. No sábado, desisti de ir de metrô ou de bicicleta e acabei indo de carro para o Centro, estacionando na "linda e cheirosa" alameda Cleveland, a duas quadras do palco da Estação Júlio Prestes, uma novidade deste ano, perto da paradisíaca Cracolândia e um pouco distante dos demais palcos. No caminho, uma linda Lua Cheia e uma noite quente. Chegamos (sim, estava acompanhado) no bis da rainha Rita Lee. Ficamos esperando a segunda atração do palco, A produção colocou rock na caixa, como aquecimento para o show de Edgar Winter. O irmão do Johnny parece um Ray Conniff menos careta. Cantou e tocou sax e teclados, acompanhado de uma banda afiada. Não faltou "Frankenstein", a música mais conhecida do veterano roqueiro. Não ficamos até o final. Resolvemos andar até o Boulevar São João para ver o Beatles 4Ever, que fez uma maratona de 24 horas com todos os álbuns dos Fab Four. No caminho, gays, bêbados, moradores de rua, lixo, famílias inteiras, putas, concurso de dança na avenida Ipiranga,travecos, turistas, xixi e cocô no ar e nas calçadas, vendedores de vinhos feitos em adegas caseiras, cervejas, red bull a R$ 6; e policiais que parecem ter obedeciam um decreto não escrito, que liberava o do consumo de drogas nos dois dias da Virada.
Quando chegamos no Boulevar, era intervalo de show. Cansados e um tanto tensos com a multidão, paramos numa padaria, jantamos e fomos embora, ouvindo o final de Irmandade do Blues e Larry McCray. Nada de Slim Jim Phantom, o baterista do extinto Stray Cats, nada de Marina. Bem, o sábado acabou mais cedo.
No domingo, último dia da Virada, mudei de estratégia. Fui sozinho e de bicicleta. Sol, dia lindo. Ruas do Centro bloqueadas. Uma delícia. Fui à tarde e perdi a Cor do Som, o Sossega Leão, Almir Sater. Cheguei a ver a passagem do som de Maria Alcina e Eddy Star em pleno Centro Velho, perto da BM&F e dos bancos. Desta vez consegui ver o competente Beatles 4Ever, que fez um perfeito cover do Abbey Road. Depois, fui ao Largo do Arouche para assistir os Incríveis, mas já havia acabado a apresentação. Não perdi a viagem. Conheci a banda californiana Los Straightjackets, que transformou o Arouche numa praia de Surf Music.Só faltaram o Frankie Avalon e Annete Funnicello. São quatro músicos muito bons. Um baterista, um baixista e dois guitarristas, que além de tocarem muito, fazem coreografias engraçadíssimas. Executaram a música-tema de Batman e até música de Michel Legrand, tudo em ritmo de Surf Music. Perto de mim, uma menina  de uns três anos fazia air guitar, deixando encabulada a mãe e provocando sorrisos na plateia. Foi uma hora de festa e, definitivamente, virei fã da banda.
Movimento seguinte, desisti de comer o maravilhoso sanduiche do Estadão, devido ao excesso de público. Voltei ao palco do Beatles 4Ever, que agora tocava os hits do álbum Masters Part 1. Do meu lado, o repórter Wallace Lara, de folga da Globo, com a mulher e o filho, com quem tirou foto, tendo o palco de fundo. Parti para a Líbero Badaró, onde vi rapidamente um show de jazz. Não me animei muito e fui para o Arouche, onde Erasmo Carlos levantou a multidão. De cara, declarou que ia cantar com prazer velhos sucessos pela enésima vez. Nego Gato ganhou uma versão com toques de Jimi Hendrix. Passei rapidamente pela Praça da República, antes do show do Paulinho da Viola, que acabei não vendo. Lá na praça completamente lotada, estava o Steel Pulse, uma banda histórica de reggae. Segui para a última atração que vi da Virada: o ótimo Soft Machine Legacy, na Líbero Badaró. Vi pouco. Já estava escuro, o vento estava frio e as iguarias árabes do Jaber da Domingos de Moraes me esperavam como prêmios por escalar a avenida da Liberdade e a Rua Vergueiro com vigor de garoto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Roteiro Beniano para a Virada Cultural 2011

Faltam poucos dias para a Virada Cultural em São Paulo, um dos acertos da atual administração municipal. No sábado, dia 16, e no domingo,17 de abril, a cidade vira uma festa, especialmente no Centro, onde se concentram os principais eventos. Já vi shows memoráveis como o do Joelho de Porco na Praça da República, do ex-tecladista do Deep Purple, Jon Lord e orquestra na Praça Júlio Mesquita, a reunião do Premê na São João, entre outros.
Desaconselho para quem não gosta de multidão, não gosta de andar ou de ficar horas em pé. A segurança é reforçada, mas sempre tem os bêbados e drogados em geral (a Cracolândia é bem perto), e este ano a prefeitura promete limpar o lixo com mais presteza.  O metrô funciona a madrugada toda e vale a pena pedalar.  Aliás, vale o esforço para acompanhar a Virada. Já dei azar de pegar um temporal, mas faz parte do sacrifício.
Fiz um pequeno roteiro que tentarei cumprir na medida do possível. Meus alvos são os shows de música. Vamos lá, começando pelo sábado:
O ideal é ver a Rita Lee, na abertura, às 18h, na Praça Júlio Prestes. Mas acho que eu e um milhão de pessoas terão a mesma ideia. Minha esperança é que a maioria vai embora e não curta o que vem na sequência - Edgar Winter (20h), Irmandade do Blues (22h), Slim Jim Phantom, o baterista do Stray Cats (Rockabilly na certa à meia-noite). Perto dali, a uma hora da madrugada, está previsto o início do show da Marina Lima no Largo do Arouche. Se estivesse aqui, o Bolsonoro iria querer ficar longe do pedaço.
No domingo, o ideal era ter o dom da onipresença tamanha são as alternativas interessantes. Por exemplo: no mesmo horário, às 11h, tem a lendária banda Sossega Leão na São João e a gloriosa Cor do Som no Largo do Arouche. Sorry Skowa & cia, mas acho que vou ver a turma do Armandinho, Dadi, Gustavo, Mu e Ari. Ao meio-dia, tem Almir Sater no palco da Barão de Limeira. Às 16h10, tem Heartbreakers, a orquestra do meu amigo Guga Stroeter, no Coreto do Parque da Luz, palco de grandes peripécias da minha infância.  Às 17h, três grandes atrações. Daí repito a necessidade premente da onipresença: Soft Machine Legacy (uma das grandes bandas de rock progressivo) na Líbero Badaró,Erasmo Carlos no Arouche ou Steel Pulse,  com muito reggae na São João. Às 18h, tem o encerramento da Virada com o genial Paulinho da Viola, na Praça da República.
Ah, como se não bastasse tudo isso (nem falo dos Museus do Futebol,que funcionará até às 22h, e da Lingua Portuguesa, com entrada gratuita, e da programação de cinema, balé, mágica, etc.), terá a maratona do Beatles 4Ever no Boulevar São João, que vai tocar TODOS os discos dos rapazes de Liverpool.

Dicas de alimentação - Rei do Mate, a matriz na São João e o Estadão, no viaduto Major Quedinho.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sessão Comédia na dentista

Sou um cara absolutamente normal. Complexo? Só o de Golgi.
Por falta de tempo ou vagabundagem em abundância, não tenho escrito muito no blog. Por falta de assunto é que não é. Exemplo: estou no meio de um tratamento dentário. Sou atendido por três dentistas lindas e maravilhosas a ponto de ter devaneios de utilizar a cadeira para fins não-odontológicos, embora para isso haja a necessidade de abrir a boca. Uma cuida das gengivas, outra, de implantes e a terceira, dos tratamentos de canais. Para mim é confortável. Não preciso de grandes deslocamentos e o consultório ainda fica em cima de uma casa de bebidas, que é uma verdadeira Disneylândia para adultos que gostem um pouco de álcool. Ah, e na segunda-feira, passarei por mais uma (um?) dentista, que vai arrancar-me meus últimos dentes de leite (ha,ha,ha).
Para minha surpresa, a profissional que fazia os tratamentos de canais deixou o consultório e foi substituída por outra gracinha. Senti-me como cobaia de uma segundanista de faculdade do interior naqueles estágios que os universitários são obrigados a cumprir. Pois bem, vi que a coisa não seria fácil a partir do momento que ela não conseguiu radiografar o canal a ser tratado. Devo ter recebido mais raios X do que funcionário da usina japonesa de Fukushima. Já ia até levar o avental de proteção para ser minha nova roupinha. O passo seguinte foi um incrível tombo que a dentista levou quando foi sentar. Se fosse nos tempos de primário, poderia até ser culpado pelo acidente. Hoje, mais crescido, juro que não fiz nada. Ela simplesmente deslizou no chão liso e errou a pontaria na hora de sentar na cadeira. Depois, foi a vez do tratamento propriamente dito. Pela primeira vez, em mais de um mês, senti dores. Ela precisou aplicar três anestesias e só não pedi mais uma, porque precisava estar razoavelmente lúcido para pilotar a bicicleta de volta pra casa. Final da história: a dentista só fez um curativo e voltarei nos próximos dias para mais uma sessão de tortura (é impressionante como lembro de Maratona da Morte, que tem a cena clássica de Dustin Hoffman sendo torturado por Lawrence Olivier; e da Pequena Loja dos Horrores, com Stevie Martin no papel de dentista e Bill Murray como paciente que adora motorzinho e outras ferramentas que a turma do Dops usava sem anestesia, quando vou ao dentista).

Menções honrosas ao novo asfalto da ciclofaixa do Parque do Ibirapuera e da Domingos de Moraes. Se a prefeitura de São Paulo continuar neste ritmo, arrumando o piso das principais vias da cidade, é capaz de virar fã do Kassab.

Derek Trucks - "Layla/Jam" July 4th 1993

Eric Clapton - Pretending (Edit)(Album Version)

Eric Clapton - My Father's Eyes (Live Video Version)