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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Hipocrisia

Apesar do meu esforço para que a eleição terminasse no dia 3 e com isso poupasse a população de mais três semanas de horário de propaganda eleitoral no rádio e na TV, vamos ter o 2º turno para a escolha do novo presidente do país. Se for a Dilma, direi que será o terceiro mandato do Lula. Se der Serra não acredito em mudanças significativas no país. Um dos motivos é o novo Congresso, que terá uma renovação de 43% das cadeiras. Um índice insuficiente para alterar velhas práticas da política nacional. Com raras exceções como o Aldo Rebello, que não teve meu voto e está indo para o 6º mandato, a esmagadoria maioria vai ocupar o baixo clero, vai trocar votos por cargos ou verbas para às respectivas regiões de atuação e não terá condições intelectuais ou morais para ajudar o futuro presidente nas reformas tantas vezes adiadas. Seja Serra ou Dilma, o desemprego continuará alto, a economia continuará a favor dos bancos e a carga tributária não vai cair nem a pau.
Muitos eleitores criticam a vitória do Tiririca, o deputado federal mais votado, e esquecem de nomes que, se não são bizarros, assustam muito mais. João Paulo Cunha (que gastou R$ 50 mil com a TV a cabo) e Paulinho da Força são alguns deles. Uma lista que poderá ser acrescida com Maluf e os outros que conseguirem escapar da Lei da Ficha Limpa.
O problema do Tiririca receber mais de um milhão de votos é o mesmo que supervalorizar a votação da Marina. São dois Cacarecos que, circunstancialmente, receberam uma votação acima do previsto. Me desculpem os ambientalistas, Marina é uma figura tão folclórica quanto o palhaço cearense. Ela tem uma respeitável história de vida, mas se fosse eleita seria uma curiosidade como foi Pelé no ministério dos Esportes. O Tiririca deve cair no esquecimento no primeiro ano de mandato como aconteceu com o Clodovil e o Biro-Biro.
Rezo para estar errado em todas as previsões acima.

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