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segunda-feira, 30 de maio de 2011

John Mclaughlin Mahavishnu Radioactivity

Memorial Day

Hoje nos EUA é o Memorial Day, data que lembra os americanos mortos em batalhas (e não foram poucas, já que o país adora uma intervenção  militar em qualquer  parte do planeta). Mas, pra mim tem um significado especial. Há 14 anos, desembarcava em Miami para a minha segunda e última viagem ao exterior. O real era moeda forte diante do dólar e na época, estava empregado! Como não sabia que era um feriado nacional, dei de cara com uma cidade vazia e com as principais atrações fechadas. Com um carro alugado, comecei a fazer hora dando uma volta por Miami, um Rio de Janeiro que deu certo, até parar na mansão do casal Jim e Margherite Kaplan e da filha Irina. Eles ficaram "muito felizes" de terem sido acordados bem cedinho num dia de folga. Gafe internacional à parte (e não foi a única), passei duas semanas maravilhosas na Flórida. Fui aos parques temáticos de Orlando, conheci Everglades (pedalei por lá e ainda ganhei muitas picadas de insetos), Key West (a estrada pra lá  e as praias no meio do caminho são demais) e outros lugares.A volta foi significativa. Fui  multado pela Receita, peguei sarampo das minhas filhas e me separei da ex.
Hoje, Miami faz parte das minhas lembranças afetivas. Irina, que na época tinha oito anos, está bonita e estuda na prestigiosa Vassar. Jim e Margherite continuam em Coconut Grove, um dos bairros mais legais da cidade. Ir para os EUA ficou tão difícil quanto arrumar um novo emprego. São Paulo faz um frio danado. Há 14 anos, encontrei a Flórida no início do verão quente pacas. Nesta segunda-feira,  acordei sem qualquer perspectiva de trabalho e sem saber o que fazer da vida. Por isso, Miami é importante para mim. Lembra que um dia fui um cara com a carreira estável, em condições de viajar para fora sem se preocupar com as contas e, que por duas semanas, foi feliz.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Na roça

Fui parar na roça. Não, aquela romântica citada pelos cantores sertanejos, nem a  operada cotidianamente pelos bravos lavradores ou a que é motivo de renhida briga no Congresso, entre ruralistas e ambientalistas, por causa do novo Código Florestal. Estou na roça dos desempregados.
Ontem, dia 19 de maio de 2011, era para comemorar um novo trabalho. Tinha reunião marcada para conhecer os novos colegas e o local onde ia ficar. A vaga era praticamente garantida. Mas, ela não estava. Uma pessoa com padrinho mais forte foi contratada para o meu lugar. Mais tarde, também cai na real em relação ao trabalho que vinha prestando na área esportiva há mais de seis meses. Sem pagamento, sem tarefas a cumprir há mais de 30 dias, depois de muita insistência, recebi a resposta que temia. No mesmo dia, fiquei sem o trabalho que ainda não tinha e sem o trabalho que pensava que tivesse.
Agora, espero o apoio dos amigos para que possa completar os 30 anos de jornalismo em 2011 em plena atividade e longe da roça.

Brian Setzer - Rock This Town - Live!

domingo, 1 de maio de 2011

Algumas impressões esportivas do final de semana

Pela primeira vez, vi uma luta inteira de Ultimate. Foi a vitória do brasileiro José Aldo Junior sobre um canadense, dentro de um estádio de Toronto, no Canadá, diante de mais de 50 mil espectadores, público recorde para um evento deste tipo. O brasileiro, que defendeu o cinturão com sucesso, arrebentou o canadense nos primeiros quatro assaltos, a ponto do adversário sair com um imenso galo na cabeça e sangrar muito. Achei que o árbitro, um cara enorme que chega a ser assustador, deveria ter interrompido a luta e dado a vitória ao campeão.No quinto e último, o canadense mostrou uma raça incrível e quase estragou a festa de José Aldo. Conclusões - Ultimate é um dos esportes (?) mais estúpidos que já vi. O boxe, que fica pau a pau em termos de estupidez, pelo menos tem regras mais claras e há mais proteção aos lutadores. Outra - impressionante o marketing em torno do Ultimate e é inegável a popularidade cada vez mais crescente do vale tudo.
Mais bonita foi a vitória de Juliana e Larissa sobre a dupla chinesa na final da segunda etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, na China. As brasileiras superaram o cansaço, o calor e ótimas rivais para ganhar de virada.
Fórmula Indy em São Paulo é que nem Carnaval no Sambódromo. Dizem que existe, tem até uma pista armada, mas a verdade é que não empolga. Não falo nem da chuva que atrapalhou a prova. Coincidentemente, ela aconteceu no mesmo dia que o mundo perdia Ayrton Senna há 17 anos. De lá pra cá, o Brasil não tem mais nenhum ídolo no automobilismo. Rubinho e Massa, definitivamente, não dão pro gasto. Na Indy, os brasileiros são eternos coadjuvantes. Pra piorar, as corridas são chatíssimas e o regulamento mais confuso que regimento interno do Congresso. A F-1 também não é muito melhor e tudo indica que o Brasil vai ficar sem títulos nas duas categorias em 2011.