Depois de pedalar 57 km, fazer o almoço (arroz com cenoura, pimenta de bico e milho fresco e ainda um jofre, maravilhoso doce de chocolate amargo recheado de mousse de chocolate), deixei a preguiça de lado e fui até a Augusta ver um dos melhores filmes de Woody Allen - TUDO PODE DAR CERTO. Só não digo que é o melhor, pois ele tem uma filmografia espetacular - Assaltante bem Trapalhão, Annie Hall (que recebeu o estúpido título brasileiro de Noiva Nervosa, Noivo Neurótico), Rosa Púrpura do Cairo, Zelig, Manhattan, Match Point, aquele com o Martin Landau e Anjelica Huston (Maridos e Amantes?)...Até os filmes ruins dele, aqueles que ele pensa que é o Bergmann, merecem atenção. Nesta lista Incluo Interiores e o Vicky Cristina Barcelona, salvo pela Penélope Cruz e pelo Javier Bardem. É tão ruim que uma novela das 21h é mais ousada e parece que foi feito sob encomenda da secretaria de turismo da cidade catalã.
Allen é que nem eu. Nascemos na época errada. Não sou nenhum gênio como o personagem de Larry Clark, alter ego de Allen no filme, mas me sinto deslocado. O cineasta também parece assim. Felizmente para os fãs, ele dispensa 3D, efeitos de computação gráfica, publicidade maciça na TV e usa recursos meio que em desuso - inteligência e humor. Confira os créditos (sempre em preto e branco, com uma trilha dos bons tempos da canção americana) e verá que é praticamente a mesma equipe há anos. Em Tudo pode dar certo, o elenco funciona como a equipe de Allen. Erra quem pensa que a grande estrela é o Larry Clark, criador de Seinfeld (e só por isso merece uma estátua). O astro principal é o roteiro. A história de falar direto para a câmera já é velho. Deu certo em Rosa Púrpura do Cairo, mas é perfeito para o que Allen pretende. É impossível não rir de uma banda fictícia de rock chamada Anal Esfincter ou do judeu gay que provavelmente para não envergonhar a família troca o sobrenome. Ou da dica de um programa divertido em NY, o Museu do Holocausto.
Lady Gaga (não), Paris Hilton (não), Justin Bieber (quem ?), Corinthians (sempre), mulher (sempre), rock (sempre), jazz (sempre), sertanejo (longe daqui), crônicas, baboseiras, bobagens, divagações, filosofias, conversas para bois (e vacas) dormirem, papos sem pé e sem cabeça, digressões, piadas, anedotas, observações, pílulas, sagas, prosopopeias...
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