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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Tudo pode dar certo

Depois de pedalar 57 km, fazer o almoço (arroz com cenoura, pimenta de bico e milho fresco e ainda um jofre, maravilhoso doce de chocolate amargo recheado de mousse de chocolate), deixei a preguiça de lado e fui até a Augusta ver um dos melhores filmes de Woody Allen - TUDO PODE DAR CERTO. Só não digo que é o melhor, pois ele tem uma filmografia espetacular - Assaltante bem Trapalhão, Annie Hall (que recebeu o estúpido título brasileiro de Noiva Nervosa, Noivo Neurótico), Rosa Púrpura do Cairo, Zelig, Manhattan, Match Point, aquele com o Martin Landau e Anjelica Huston (Maridos e Amantes?)...Até os filmes ruins dele, aqueles que ele pensa que é o Bergmann, merecem atenção. Nesta lista Incluo Interiores e o Vicky Cristina Barcelona, salvo pela Penélope Cruz e pelo Javier Bardem. É tão ruim que uma novela das 21h é mais ousada e parece que foi feito sob encomenda da secretaria de turismo da cidade catalã.
Allen é que nem eu. Nascemos na época errada. Não sou nenhum gênio como o personagem de Larry Clark, alter ego de Allen no filme, mas me sinto deslocado. O cineasta também parece assim. Felizmente para os fãs, ele dispensa 3D, efeitos de computação gráfica, publicidade maciça na TV e usa recursos meio que em desuso - inteligência e humor. Confira os créditos (sempre em preto e branco, com uma trilha dos bons tempos da canção americana) e verá que é praticamente a mesma equipe há anos. Em Tudo pode dar certo, o elenco funciona como a equipe de Allen. Erra quem pensa que a grande estrela é o Larry Clark, criador de Seinfeld (e só por isso merece uma estátua). O astro principal é o roteiro. A história de falar direto para a câmera já é velho. Deu certo em Rosa Púrpura do Cairo, mas é perfeito para o que Allen pretende. É impossível não rir de uma banda fictícia de rock chamada Anal Esfincter ou do judeu gay que provavelmente para não envergonhar a família troca o sobrenome. Ou da dica de um programa divertido em NY, o Museu do Holocausto.

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