Manhã de 10 de agosto de 2010. Ando de metrô desde a inauguração na década de 1970, e até então nunca tinha passado por duas situações. A primeira foi a do maquinista avisar aos passageiros que ficaríamos parados por alguns instantes para a retirada de um objeto na via. Logicamente, pensei no pior. Um suicida? As luzes foram desligadas e, depois de um breve intervalo, a composição foi embora para a zona norte.
A segunda situação foi mais estranha. Desta vez, a maquinista mandou todos descerem dos vagões na estação Clínicas, que não é final de linha. Só me lembro de coisa parecida no filme Dama da Lotação. O motorista, personagem de Roberto Bonfim manda todos os passageiros do lotação irem embora para ele transar com a dama Sônia Braga. Felizmente, no metrô, não houve cena parecida (faltou a Sônia Braga???). A composição foi pra garagem (metrô tem garagem?) e ficamos na estação à espera do próximo trem.
Desci na Vila Madalena e fui de ônibus para a Lapa. Mais detalhes numa próxima postagem.
Com tempo livre, fui a pé para o Centro. Coisa de uns 3, 4 km. Sem pressa, admirando o Sesc Pompéia (Pompeia pela nova ortografia), as calçadas estreitas que prefeito algum deve ter botado os pés, já que os políticos não são chegados a pedestrianismo (não confundir com pederastia), a quantidade enorme de moradores de rua ocupando o passeio; a sujeira, os pequenos comércios e os camelôs, que sabe lá Deus como sobrevivem perto de hipermercados e shopping centers, o oásis que é o Parque da Água Branca (ou como está na placa em frente à entrada principal - Água Branca Park), o horroroso elevado que homenageia um dos ditadores do regime militar e o pavoroso, nojento, lamentável parque que é vizinho do Shopping Bourbon.
O Gato que Ri mudou a fachada. Acho que nem tem mais o balcão. Os preços são para executivos e não para jornalistas free-lancers. Almoço um honesto prato feito vendo o Globo Esporte versão Rio de Janeiro.
À noite, volto pra casa. Os frequentadores dos botecos mais fuleiros podem assistir ao primeiro jogo da seleção sob comando do Mano Menezes em TVs de plasma. Como não sou assinante de determinado canal a cabo, só ficarei sabendo do resultado bem mais tarde.
Evito o caminho que tem de um lado, uma agência do Itaú, e do outro...uma agência do Itaú, herança da incorporação do falecido Unibanco. Se não fosse a travessa Ronald Ross, a turma do Roberto Setúbal teria unido os dois endereços. Fui pelo caminho que dá nos estacionamentos de duas farmácias, causa de um dos raros congestionamentos que acontecem nos finais de semana, em São Paulo. Precisei mudar de calçada. Numa, um homeless literalmente dormia ocupando todo o espaço. Pensei comigo mesmo: como São Paulo é bonito...
Lady Gaga (não), Paris Hilton (não), Justin Bieber (quem ?), Corinthians (sempre), mulher (sempre), rock (sempre), jazz (sempre), sertanejo (longe daqui), crônicas, baboseiras, bobagens, divagações, filosofias, conversas para bois (e vacas) dormirem, papos sem pé e sem cabeça, digressões, piadas, anedotas, observações, pílulas, sagas, prosopopeias...
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