Postagens populares

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A volta das Criancinhas Pobres da Suécia

Em agosto de 1977, portanto, há 34 anos, foi lançado o meu primeiro e único livro. AS CRIANCINHAS POBRES DA SUÉCIA teve manhã de autógrafos no saguão do Grupo Educacional Equipe, na rua Martiniano de Carvalho. As ilustrações foram de Vivian Altman, colega de ginásio e de colégio, que hoje vive na Grande Paris. Tive o apoio notável do professor Gilson Rampazzo e da gráfica do Equipe, que imprimiu mil exemplares, que hoje são disputados a tapa feito produto Apple (ha,ha,ha).
Literariamente, a obra underground não representa nada de marcante, de revolucionária, mas é importantíssima na minha formação profissional e pessoal. Não tinha nem 17 anos quando resolvi investir minha poupança na publicação do que é tecnicamente um livreto. Nos meses seguintes, vendi de mão em mão todos os exemplares. Dois foram parar em mãos famosas como as de Regina Duarte. Bixiga, Belas-Artes, teatros, bares, shows, lá ia o autor com a mochila recheada de livros. Atualmente, só tenho os originais. A maioria virou fóssil ou foi parar num sebo virtual, como descobri outro dia. Também soube que filhos de amigos adoraram o que leram, motivo de orgulho e verdadeira medalha para mim. A experiência comprovou que minha carreira profissional teria que ser ligada às letras. Fui parar no (tele) jornalismo, uma sequencia natural pelo que fazia desde os tempos de primário. Sempre gostei de escrever.
Hoje, não tenho nenhum livro na gaveta. Apenas projetos. Quando vou a uma livraria, fico intimidado diante da enorme oferta de títulos e me pergunto se posso ocupar algum espaço numa estante. Sei não. AS CRIANCINHAS POBRES DA SUÉCIA representa uma atitude corajosa de um jovem, que por impulso ou afirmação, resolveu colocar em prática um sonho. Tenho saudades deste jovem que eu fui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário