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terça-feira, 4 de outubro de 2011

Pra minha filha australiana

Há exatos 29 anos, eu vivi um dos momentos mais felizes da minha vida. Era pai pela primeira vez. Graças a Deus e ao meu querido médico, Dr. Ferreira, Stela veio ao mundo  com saúde. Foi um parto longo e dolorido. Que o diga a mãe Koio, que também me deu outra filha, a também linda Diana.
A maternidade homeopática que funcionava na rua Tucuna, na Pompeia não existe mais. A comida era ótima.  O atendimento excelente. Ficamos lá menos de 24 horas. O parto de cócoras foi um sucesso. Participei cortando o fio umbilical e "ajudando" o obstetra, contando piadas e rindo do sofrimento alheio. É bem verdade que levei uma coleção de Pasquim, que trouxe da biblioteca da ECA, para passar o tempo e soltar altas gargalhadas a ponto de ser expulso do quarto.
Stela nasceu numa noite quente e estrelada de uma segunda-feira. Logo corri para um orelhão na Afonso Bovero para comunicar a boa notícia à família. Naquele final de ano, sairia formado da USP com um hoje inútil diploma de bacharel em rádio e televisão. Já trabalhava como coordenador de rede do Jornal da Band. Sete meses antes já havia colaborado decisivamente para dar um "furo" - a notícia do início da Guerra das Malvinas.
29 anos depois, Stela continua linda e saudável, agora independente, mas bem longe dos pais, na distante Austrália.Felizmente, existe a tecnologia que nos aproxima via computador e diminui as saudades. É um grande presente.
Hoje, não tenho a coleção do Pasquim por perto (o CQC e o Pânico da época, com a diferença de ser muito mais inteligente,engraçado e genial, afinal tinha Millôr, Paulo Francis, Ivan Lessa, Henfil e Jaguar, entre os craques).  Além do inútil diploma da USP, tenho o de jornalismo da Cásper Líbero. No momento, de pouquíssima utilidade. Exemplo disso é, que há uma semana, perdi dois trabalhos. Um, que dava como certo na Gazeta Doc, e o outro, que não contava mesmo devido à dificuldade da seleção, que era na TV Cultura.Bem que gostaria de dar notícias mais felizes como a da noite de 4 de outubro de 1982. Fico devendo essa, Stela. Um beijão pra você.

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