Postagens populares

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A loira passeia no Ibirapuera sem o celular

A primeira segunda-feira de julho foi uma prévia da primeira terça-feira de julho. Pelo menos para mim, aposentado por falta de trabalho. Sem nada para fazer, fui pedalar no Parque do Ibirapuera, um raro espaço da zona sul de São Paulo que ainda não foi devastado pela especulação  imobiliária. É sempre bom lembrar que o Ibira perdeu boa parte da área original.  Se alguma autoridade tivesse culhão, teria expulsado os moradores e destruído as mansões no entorno da avenida IV Centenário.
Feliz com o velho brinquedo novo, a bicicleta recém-saída da revisão, com guidom e câmbio novos, dei nove voltas por lá, o equivalente a 27 km. Somados à ida e à volta pra casa, foram 37 km sob um frio congelante de 9 graus, conforme os nada confiáveis relógios-termômetros de rua.
Algumas figuras conheço de vista. Uma delas é uma loira, entre 40 e 50 anos, que sempre me chamou a atenção não pela beleza, mas pelo fato de caminhar com o celular colado no ouvido. Não sei se é empresária ou jornalista. Só não sei como arruma assunto para tanta conversa. Levando-se em conta que cada volta pelo parque gira em torno de 15, 20 minutos, acredito que ela fica no telefone, no mínimo, uma hora. Porém, neste 4 de julho, dia da Independência dos EUA, de um filme com o mesmo nome protagonizado por Tom Cruise, e aniversário do amigo Alceu Nader, hoje morador de Brasília, o que me chamou a atenção é que a loira não estava pendurada no celular.
Hoje, não vi o senhor todo tatuado e com corpo malhado, que dá voltas no parque levando a bicicleta na mão. Nunca entendi porque  ele não pedala ou prende a bicicleta para poder andar livre, leve e solto. Em compensação, estavam os inúteis guardas civis  metropolitanos que nada fazem para orientar os pedestres, patinadores e skatistas a procurar outros caminhos que não sejam a ciclofaixa. Os próprios ciclistas também não colaboram, sejam os casais que saem em duplas ocupando as duas faixas, sejam os esportistas que ignoram as setas de mão e contramão que, apesar de serem bem sinalizadas no chão, são solenemente desrespeitadas. Não adianta reclamar. Povo burro é sempre povo burro.
Ainda dá tempo para ver a ótima exposição Héreros, do meu ex-colega de Equipe, Sérgio Guerra. Ela está no Museu Afro Brasil e é gratuita.
Depois das pedaladas, vi Manhattan Connection. Lá soube que o Diogo Mainardi também foi aluno do Equipe e era fascinado por uma professora de geografia. O assunto foi levantado depois que o Lucas Mendes contou o caso da professora pega com um aluno num motel fluminense. O aluno é um heroi, por realizar o sonho de todo estudante. Duvido que não existe algum que não teve uma fantasia com o/a professor/a. Uma das minhas maiores decepções foi encontrar uma antiga mestra do primário, casada e até com netos. Ela foi a minha primeira namorada e de muitos colegas, mas ela nunca soube disso. Tem também o episódio de Friends, que Ross confessa que teve um caso com a bibliotecária bem mais velha. É hilariante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário