Eu procurava fazer um trabalho voluntário há muito tempo. Não por modismo ou por pressão de outras pessoas. Nada disso. Neste país cheio de carências, que governos e entidades não conseguem dar conta, o mínimo que posso fazer é contribuir de alguma forma para diminuir estas deficiências.
Agora, como disponho de tempo livre em abundância - afinal, são mais de sete meses sem trabalho profissional - , resolvi colocar este plano em prática. O primeiro passo foi escolher uma entidade. No caso, a Fundação Dorina Nowill, referência mundial na educação e reabilitação de pessoas cegas ou com baixa visão. Em 2009, ao lado de Wagner Belmonte, entrevistei uma das pessoas mais extraordinárias que conheci, a própria Dona Dorina, que faleceu no ano passado, aos 91 anos. A entrevista está no site www.ricardoxavier.com.br.
O site da fundação, http://www.fundacaodorina.org.br/, informa como se tornar um voluntário. Por e-mail, fui convidado para uma palestra e uma visita pelo prédio que fica na Vila Clementino, bem próximo da estação Santa Cruz do metrô. A palestra dada por vários voluntários e funcionários da Fundação e a visita duram cerca de duas horas. Só não comecei a trabalhar lá no dia seguinte por não ter o diploma do Centro de Voluntariado de São Paulo (http://www.voluntariado.org.br/) , exigência da organização. Sem problemas.
Marquei pelo telefone 3284 7171 para ver a palestra no Centro, que funciona na Av. Paulista, no edifício que tem uma agência Personnalité em frente à Fiesp.
Foi uma ótima experiência. A palestra dada pelo voluntário Franco dura 1h30. Bem humorado, ele dá o recado sem perder a seriedade de como deve ser encarado o trabalho voluntário. No mural, vi outras oportunidades. Uma delas, a de trabalhar no MAM, do Ibirapuera. Sai da Paulista e fui para o parque.De bicicleta fica bem mais fácil. Infelizmente, meu início foi adiado para janeiro, quando serão necessários novos voluntários para a primeira exposição de 2012.
Voltei para a Fundação Dorina Nowill e, agora, de posse do diploma do Centro de Voluntariado de São Paulo, preenchi um contrato e finalmente, fui aceito. No primeiro dia, o cabalístico 11/11/2011, deveria ter recebido um grupo de alunos do Colégio Imaculada Conceição que pisou na bola. Não avisou que faltaria ao compromisso. Nem por isso deixei de prestar algum serviço. Ajudei uma professora que trabalha em Guarulhos e Arujá a conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Fundação. Depois, fui ao bazar, onde fui instalado numa mesa com computador para lançar as notas fiscais numa planilha de Excel. Um trabalho fácil,mas não menos importante. Estava com vários dias acumulados devido à ausência de um companheiro, que está com pé engessado. Deixei tudo pronto em pouco tempo.
As receitas do bazar ajudam na manutenção dos serviços prestados pela organização. Há produtos que custam R$ 1, como um DVD, até objetos mais caros como um instrumento musical de R$ 1.800,00, que felizmente foi vendido. Também há roupas, móveis, brinquedos, objetos de decoração, produtos de papelaria, informática, utilidades domésticas, calçados, armações de óculos (baratíssimas), entre outros.O bazar vai funcionar nos moldes atuais até o final do ano e é uma ótima opção de compras de presentes para o Natal. Em janeiro, será reformado e virará um outlet de multimarcas, uma das "punições" aplicadas pela Justiça à empresária Tânia Bulhões. Ela iria para a cadeia por crimes fiscais, mas o juiz teve o bom senso de utilizar a expertise (não a esperteza) de Tânia neste e em outro trabalho voluntário, uma sala para um curso de perfumaria para deficientes visuais. A sentença deve estar mexendo para melhor a cabeça da empresária.
Deve ser a mesma sensação de prazer que tive no meu primeiro dia. Ocioso profissionalmente, voltei a me sentir útil. Mais do que um livro de autoajuda, só precisei de pouco mais de 4h30 para elevar a autoestima. Repito, só faz bem. Por isso, recomendo a todos. Os passos estão dados. Podem me seguir. As exigências básicas são tempo, vontade e dedicação. Eu recomendo.
Lady Gaga (não), Paris Hilton (não), Justin Bieber (quem ?), Corinthians (sempre), mulher (sempre), rock (sempre), jazz (sempre), sertanejo (longe daqui), crônicas, baboseiras, bobagens, divagações, filosofias, conversas para bois (e vacas) dormirem, papos sem pé e sem cabeça, digressões, piadas, anedotas, observações, pílulas, sagas, prosopopeias...
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